Opinião
O início da Quaresma
Última atualização: 25/01/2024 09:59
Este é o domingo em que tudo se modifica em nossa liturgia. Os paramentos são roxos, um apelo à conversão e caminhada para a Páscoa. Quando nós observamos certos fatos que acontecem à nossa volta, a gente se convence que de fato o mal existe. Mas, é sempre de novo importante afirmar: Deus não criou o mal e o pecado. Houve um tempo em que o pecado não existia.
Na liturgia deste domingo aparece a origem de todos os males, que é o pecado. Trata-se de uma linguagem simbólica, mas quer nos ensinar que o pecado é consequência daquela terrível tentação de querer ser sempre mais, ter sempre mais e poder sempre mais. O pecado entrou no mundo a partir da opção da humanidade de não querer mais ser apenas semelhante a Deus, mas sua vontade decidida de ser igual a Deus. O problema é que o pecado está no DNA de cada um de nós. Somos tentados pela ganância, pelo consumismo e pela aventura do prazer sempre maior.
No evangelho deste domingo, o próprio Jesus rechaça estas mesmas tentações. Consegue manter-se livre diante do tentador que lhe apresenta a possibilidade do ser mais, do ter mais e do poder mais. Não se deixa seduzir pelo pão, símbolo das festas e dos manjares. Ele rechaça a tentação e nem se deixa enganar.
A liturgia da quaresma nos apresenta três instrumentos de conversão: a oração, o jejum e a esmola. Nós não insistimos mais tanto no jejum, mesmo sabendo que ele tem o seu valor, enquanto exercita o nosso domínio sobre os instintos. Mas, a Igreja do Brasil realiza neste tempo a Campanha da Fraternidade.
Trata-se de um esforço conjunto, em que nós queremos todos falando a mesma linguagem e conseguir que a partir do motim da fraternidade, consigamos melhorar a vida de nosso planeta. Nós estamos preocupados com a fome no mundo e também com os milhões de famintos no Brasil. E o lema diz: Dai-lhes vós mesmos de comer! (Mt 14,16).
Na liturgia deste domingo aparece a origem de todos os males, que é o pecado. Trata-se de uma linguagem simbólica, mas quer nos ensinar que o pecado é consequência daquela terrível tentação de querer ser sempre mais, ter sempre mais e poder sempre mais. O pecado entrou no mundo a partir da opção da humanidade de não querer mais ser apenas semelhante a Deus, mas sua vontade decidida de ser igual a Deus. O problema é que o pecado está no DNA de cada um de nós. Somos tentados pela ganância, pelo consumismo e pela aventura do prazer sempre maior.
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Na liturgia deste domingo aparece a origem de todos os males, que é o pecado. Trata-se de uma linguagem simbólica, mas quer nos ensinar que o pecado é consequência daquela terrível tentação de querer ser sempre mais, ter sempre mais e poder sempre mais. O pecado entrou no mundo a partir da opção da humanidade de não querer mais ser apenas semelhante a Deus, mas sua vontade decidida de ser igual a Deus. O problema é que o pecado está no DNA de cada um de nós. Somos tentados pela ganância, pelo consumismo e pela aventura do prazer sempre maior.