COMPORTAMENTO
O discurso de ódio
Os indivíduos que odeiam não gostam de odiar sozinhos, pois se sentem inseguros
Última atualização: 05/12/2024 21:50
Muitos produtores de conteúdos digitais lucram quando sentimos raiva, premiando o engajamento do ódio na Internet. Assim, o discurso de ódio deteriora a saúde mental e a liberdade de expressão. Ele é baseado na violência verbal, na intolerância e na não aceitação das diferenças.
As raízes biológicas do ódio são frágeis, porque o discurso de ódio possui uma dimensão psicossocial destrutiva e não deve ser confundido com liberdade de pensamento e de opinião.
Para a psicanálise, o ódio e o amor são sentimentos ambivalentes, entretanto, o ódio se destaca na formação do caráter dos sujeitos, que têm como origem na rivalidade com o "pai simbólico".
Na verdade, os indivíduos que odeiam não gostam de odiar sozinhos, pois se sentem inseguros. Então, buscam uma ideologia como fonte de ódio, transformando-os em fanáticos.
Os líderes se aproveitam disso para instigar a exclusão social dos odiados, uma virulência manifestada nas mídias que legitima a violência contra as pessoas diferentes. Desse modo, o discurso de ódio ameaça a livre troca de ideias e afeta o bem-estar emocional dos odiados.
É evidente que nem tudo é ódio, mas o anonimato e o senso de impunidade nas redes sociais empoderam os agressores, que se acham no direito de caluniar, difamar e injuriar.
Portanto, precisamos combater o discurso de ódio com argumentos plausíveis e manter a calma em vez de fazermos o contra-ataque. Aliás, é como disse o romancista e jornalista irlandês George Bernard Shaw: "O ódio é a vingança do covarde".
As raízes biológicas do ódio são frágeis, porque o discurso de ódio possui uma dimensão psicossocial destrutiva e não deve ser confundido com liberdade de pensamento e de opinião.
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As raízes biológicas do ódio são frágeis, porque o discurso de ódio possui uma dimensão psicossocial destrutiva e não deve ser confundido com liberdade de pensamento e de opinião.