ENCHENTES
O centauro dos pampas
O cavalo Caramelo virou o drama das centenas de humanos que precisavam ser salvos das casas e árvores
Última atualização: 15/05/2024 21:51
O homem não tinha inventado o automóvel, e o gaúcho já tinha o cavalo. Por isso o linguajar brasileiro e espanhol, em relação aos gaúchos, criou um termo que voa na imaginação: Centauro dos Pampas. É usado para se referir aos gaúchos como homens valentes. Que nos séculos 19 e 20 lutaram pelo Rio Grande do Sul. Cavalo e cargas de cavalaria, estas as armas. Repetiam a figura mitológica grega, de seres cujo corpo era parte homem (tronco, braços e cabeça) e o restante pelo corpo de um cavalo. Instinto animal em junção com a inteligência humana: força física e brutalidade e a capacidade de analisar e refletir. O capitão Rodrigo Cambará, de Erico Verissimo, é o retrato autêntico.
Com todas máquinas de suas fábricas, tratores de suas plantações e riquezas transportadas por suas estradas, o gaúcho, importando pouco sua origem ou ocupação, ainda tem o velho carinho por aquele passado glorioso, de conquista de terras, de luta fratricida por seus ideais, do cavalo como complemento fundamental, na paz ou na guerra.
Assim, quando o cavalo Caramelo surgiu nas televisões, encarapitado no telhado de uma casa, que mal ficava acima do nível das águas da enchente, sem poder mover-se, virou o drama das centenas de humanos que precisavam ser salvos das casas e árvores que os protegiam das águas. Ao final, também amplamente televisionado como tudo desta tragédia inaudita dos gaúchos, também houve um final feliz.
Graças ao apoio dos brasileiros, dos irmãos platinos e de outros países, o centauro continuará vivo. Apesar do tamanho da tragédia.
Com todas máquinas de suas fábricas, tratores de suas plantações e riquezas transportadas por suas estradas, o gaúcho, importando pouco sua origem ou ocupação, ainda tem o velho carinho por aquele passado glorioso, de conquista de terras, de luta fratricida por seus ideais, do cavalo como complemento fundamental, na paz ou na guerra.
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Com todas máquinas de suas fábricas, tratores de suas plantações e riquezas transportadas por suas estradas, o gaúcho, importando pouco sua origem ou ocupação, ainda tem o velho carinho por aquele passado glorioso, de conquista de terras, de luta fratricida por seus ideais, do cavalo como complemento fundamental, na paz ou na guerra.