COMPORTAMENTO
O bilhete grampeado
O menino passou o dia grampeado, ridicularizado pelos colegas e pela própria professora que, naquele momento, deveria ser sua protetora
Última atualização: 23/04/2024 07:48
Tenho a tese de que nunca os ETs vão nos invadir. Eles vêm, olham as coisas e saem dizendo: voltamos em 100 anos para ver se melhoraram. Escutei que para chegar à terra lá do espaço na velocidade da luz leva-se oito anos. Depois de oito anos andando se deparam com a cena da suposta sobrinha levando o tio para fazer um empréstimo no banco estando ele em óbito. Os atendentes disseram estranhar a cor do senhor. Sabe-se lá a cor que tem a morte. Credo.
Devem desistir porque invadir a terra com tais humanos é muito trabalho.
Na mesma lista tem o caso do menino de Nova Friburgo que teve um bilhete grampeado na sua roupa, destinado à mãe para enviar uma nova caderneta. O menino passou o dia grampeado, ridicularizado pelos colegas e pela própria professora que, naquele momento, deveria ser sua protetora.
Imagino que o pedido deva ter ocorrido várias vezes e a tal caderneta nunca apareceu. Talvez num ato derradeiro resolveu grudar o bilhete para ver se a mãe se tocava. Se tocou e foi pedir explicações na escola.
Não é caso de julgar certo ou errado. O estranho é, como no caso Miguel vítima de atos hediondos praticadas pela mãe e madrasta, igualmente lá, o pai não aparece. Como se esta figura não existisse ou estivesse em extinção. Alguém perguntou por ele, sabe onde mora ou do que se alimenta? Talvez daqui a algum tempo num álbum de figurinhas de animais em extinção vamos ter uma figurinha com a legenda: este é um pai que tinha responsabilidades na criação de seus filhos.
Devem desistir porque invadir a terra com tais humanos é muito trabalho.
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Devem desistir porque invadir a terra com tais humanos é muito trabalho.