O governador Romeu Zema de Minas Gerais anunciou uma frente para o protagonismo do Sul-Sudeste e criticou o favorecimento do Norte e Nordeste na reforma tributária. Prontamente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, da mesma Minas Gerais, mas oriundo de Rondônia e que quer ser presidente do Brasil, atacou: Ele quer “cultivar a cultura da exclusão. Ao valoroso povo do Norte e Nordeste, dedico meu apreço e respeito. Somos um só país”. Segundo Zema, o Norte e Nordeste são “vaquinhas que produzem pouco”. Esta gente criou em 2019 o Consórcio Nordeste. O nome diz tudo: tem como função garantir o “protagonismo” da região na política nacional, com os dividendos econômicos que isso traz para eles.
Diz Zema: “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País. Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos, nós queremos o que nunca tivemos, o protagonismo político. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós queremos proporcional à população. Por que sete Estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente”.
O governo de Lula, natural de Pernambuco, reagiu com virulência. O ministro da Justiça, Flávio Dino, natural do Maranhão, o chamou de extrema-direita. O Consórcio do Nordeste acusou o governador mineiro de separatismo. Vejam a origem desta gente. Os políticos do Norte-Nordeste, não querem perder a “boquinha” dos impostos produzidos pelo Sul-Sudeste. Nossos parlamentares tem de reagir como Zema.
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