REFLEXÃO
Não se deve temer a democracia
Democracia mais ou menos acalorada, mas ainda é democracia
Última atualização: 26/04/2024 14:52
As sessões legislativas podem ser tumultuadas, os debates podem ser os mais inflamados e até se deve aceitar algum rumor nas galerias ecoando os plenários. Nada disso me assusta ou atemoriza. É democracia mais ou menos acalorada, mas ainda é democracia. Sei muito bem o que é pior do que os dias atuais. Foi aquilo que se viveu de 1964 até viger a Constituição de 1988.
Volto ainda um pouco mais. Lembro 1961, a Campanha da Legalidade e o golpe para impedir a posse legítima de João Goulart na vaga que o presidente Jânio Quadros deixou ao renunciar. Meus dias eram os de um estudante adolescente, no Colégio Nossa Senhora das Dores, junto aos irmãos lassalistas, na rua Riachuelo, proximidades da Praça da Matriz, Catedral, Assembleia Legislativa e Palácio Piratini. Nossa curtição, saindo da escola, era ficar na praça para ouvir os discursos inflamados e muito bem construídos pelo governador Leonel Brizola. Foi um curso completo e muito vivo de Educação Moral e Cívica.
Aprendemos e curtimos valores que nos fizeram entender e suportar o que ainda viria a agitar nossa História, o 31 de março e a ditadura que suportamos por mais de vinte anos e que às vezes nos ameaça.
Por isso é que não me assusta a luta desenvolvida por deputados e senadores sacudindo a placidez de quem esteja à frente do Executivo, ou o debate ferrenho levado ao Judiciário. Muito triste foram os anos de chumbo, quando só tinha vigência um poder plenipotenciário e se fingia que outros dois ainda existissem.
Não me faz mal o quadro confuso que às vezes é o cenário da Nação.
Volto ainda um pouco mais. Lembro 1961, a Campanha da Legalidade e o golpe para impedir a posse legítima de João Goulart na vaga que o presidente Jânio Quadros deixou ao renunciar. Meus dias eram os de um estudante adolescente, no Colégio Nossa Senhora das Dores, junto aos irmãos lassalistas, na rua Riachuelo, proximidades da Praça da Matriz, Catedral, Assembleia Legislativa e Palácio Piratini. Nossa curtição, saindo da escola, era ficar na praça para ouvir os discursos inflamados e muito bem construídos pelo governador Leonel Brizola. Foi um curso completo e muito vivo de Educação Moral e Cívica.
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Volto ainda um pouco mais. Lembro 1961, a Campanha da Legalidade e o golpe para impedir a posse legítima de João Goulart na vaga que o presidente Jânio Quadros deixou ao renunciar. Meus dias eram os de um estudante adolescente, no Colégio Nossa Senhora das Dores, junto aos irmãos lassalistas, na rua Riachuelo, proximidades da Praça da Matriz, Catedral, Assembleia Legislativa e Palácio Piratini. Nossa curtição, saindo da escola, era ficar na praça para ouvir os discursos inflamados e muito bem construídos pelo governador Leonel Brizola. Foi um curso completo e muito vivo de Educação Moral e Cívica.