OPINIÃO
Na praia, água custa R$ 9 e um picolé R$ 25
Para quem fica na cidade é um oásis. Já no litoral, a população triplica e há um reflexo doloroso no bolso
Última atualização: 16/01/2024 04:54
Passado o Natal vem o tão esperado feriado de ano-novo. Para muitos, a única oportunidade de dias de descanso. A maioria deixa tudo preparado para zarpar ao litoral gaúcho e catarinense dia 25 de dezembro e deve ter retornado lá pelo dia 6 de janeiro. Alguns brincam que no litoral catarinense só tem sotaque gaúcho.
Para quem fica, é o oásis. Nada de filas, congestionamentos, tumulto na padaria ou restaurante. Os dias ficam tranquilos e até a BR-116 vira o sonho de consumo do ano todo. Faz eu, e tantos outros usuários, levar apenas 42 minutos de Porto Alegre a Novo Hamburgo. Isso se chama paraíso.
Já no litoral, a população triplica e há um reflexo doloroso no bolso. Água mineral é facilmente encontrada a 9 reais. Um picolé é vendido a 25 reais. Comer uma ala minuta de frango que dá apenas para uma pessoa custa em torno de inacreditáveis 120 reais.
Uma família de quatro pessoas gasta, em um dia de praia, por baixo, 500 reais. Quatro ala minutas com quatro águas. Nem se falou em beber uma caipira ou uma cervejinha.
O salário mínimo está na faixa de R$ 1,4 mil e lá se vão, para um dia de pouca comida e nada de extravagância, mais de um terço do salário. Fila no supermercado, padaria, farmácia, carrocinha de churros, banheiro – quando existe. Há falta de água e energia.
Nem a beira da praia que outrora era de graça para qualquer guarda-sol tem mais, alguns andam pensando que o público pode ter um pedaço privado. Qualquer dia vão cercar o mar e pedir pulseirinha para permitir um mergulho.
Para quem fica, é o oásis. Nada de filas, congestionamentos, tumulto na padaria ou restaurante. Os dias ficam tranquilos e até a BR-116 vira o sonho de consumo do ano todo. Faz eu, e tantos outros usuários, levar apenas 42 minutos de Porto Alegre a Novo Hamburgo. Isso se chama paraíso.
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Para quem fica, é o oásis. Nada de filas, congestionamentos, tumulto na padaria ou restaurante. Os dias ficam tranquilos e até a BR-116 vira o sonho de consumo do ano todo. Faz eu, e tantos outros usuários, levar apenas 42 minutos de Porto Alegre a Novo Hamburgo. Isso se chama paraíso.