TRÊS HORAS E MEIA DE DURAÇÃO
Martin Scorsese dá aula de cinema em "Assassinos da Lua das Flores"
Scorsese mostra o outro lado dos indígenas que batizaram vários estados americanos e sempre foram embalados como o bicho-papão da história pelo establishment
Última atualização: 08/01/2024 22:52
Como era de se esperar, Martin Scorsese não deixaria por menos ao rodar um filme com mais de três horas e meia de duração. E se você como eu, se assustou, receoso em maratonar um tempo longo desses em frente à tela, julgasse que não haveria paciência o suficiente, lá vai.
O cineasta de 81 anos em Assassinos da Lua das Flores, se supera para nosso deleite, mantendo os cinéfilos curiosos e envolvidos até a sua selfie-aparição, ao melhor estilo Hitchcock. Um bom filme tem receita. Precisa de um bom tema para explorar, um diretor clarividente, e se puder contar com os imprescindíveis ingredientes amor, romance, traição, ganância e poder, é quase certo que vai dar certo.
De brinde, dois atores superestrelas como De Niro e DiCaprio, o primeiro talvez o maior astro vivo do cinema, e o outro, claramente à medida em que envelhece, casando o físico de homem feito a uma nítida evolução artística.
No meio da trama que mostra o drama dos índios americanos alijados de suas terras e de seus poços de petróleo, mais duas aparições de luxo surpreendem: Brendan Fraser, que depois do Oscar exumou A Múmia a golpes de baleia e John Lithgow, que brilhantemente incorporou Churchill, na série The Crown, mesmo sem superar o original Sir Winston de Gary Oldman.
Scorsese mostra o outro lado dos indígenas que batizaram vários estados americanos e sempre foram embalados como o bicho-papão da história pelo establishment. Desta vez, aparecem sob a lente do diretor, que figura entre os 5 melhores de todos os tempos, de uma forma imparcial, equidistante e isenta, no papel de protagonistas e vítimas.
O cineasta de 81 anos em Assassinos da Lua das Flores, se supera para nosso deleite, mantendo os cinéfilos curiosos e envolvidos até a sua selfie-aparição, ao melhor estilo Hitchcock. Um bom filme tem receita. Precisa de um bom tema para explorar, um diretor clarividente, e se puder contar com os imprescindíveis ingredientes amor, romance, traição, ganância e poder, é quase certo que vai dar certo.
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O cineasta de 81 anos em Assassinos da Lua das Flores, se supera para nosso deleite, mantendo os cinéfilos curiosos e envolvidos até a sua selfie-aparição, ao melhor estilo Hitchcock. Um bom filme tem receita. Precisa de um bom tema para explorar, um diretor clarividente, e se puder contar com os imprescindíveis ingredientes amor, romance, traição, ganância e poder, é quase certo que vai dar certo.