COMPORTAMENTOS
Mão sobre a coxa
Mão masculina na coxa, mão masculina no bolso
Última atualização: 13/11/2024 09:44
Dos diversos comportamentos introduzidos na metástase da comunicação, dois se destacam: a mão feminina sobre a coxa para a pose da foto e a indefectível mão masculina especialmente no bolso, mesmo nas situações mais inapropriadas para o tal gesto “técnico”, como se diz no futebol.
Que eu possa recordar, a primeira vez que uma mulher fez uso desse recurso gestual para se aproximar do público, mesmo quando a notícia não fosse tão boa quanto deveria ser, me vem à mente a figura ruiva da jornalista notabilizada pela Globonews, Leilane Neubarth. Ao avisar seus telespectadores de que era hora dos comerciais, Leilane punha a mão espalmada sobre uma das coxas e curvava delicadamente o tronco em direção às câmeras, olhos claros indefectivelmente vidrados na lente, para deixar claro que a sua saída do ar seria curta e ela logo estaria de volta com mais informações. Aproveitava aquele azo para passar os leads do próximo bloco.
Depois dela, as redes sociais trataram de mapear esse caminho como uma linguagem de sinais absolutamente popular e corriqueira. Agora pôr a mão sobre a coxa é tão banal quanto dar bom dia com um aperto de mãos.
Ao discursar, fazer uma palestra, dar uma aula, ou simplesmente ser entrevistado, uma mão do target permanece no bolso, como se as calças ainda fossem severamente pregueadas. O emissor da mensagem pretende passar segurança, descontração, um ar de bem-sucedido e até uma certa presunção ao se dirigir à plateia que o escuta sedenta e avidamente. Com a outra mão no microfone, a mão embolsada raramente deixa seu casulo, pois é ali que reside a magia de quem se acha.
Que eu possa recordar, a primeira vez que uma mulher fez uso desse recurso gestual para se aproximar do público, mesmo quando a notícia não fosse tão boa quanto deveria ser, me vem à mente a figura ruiva da jornalista notabilizada pela Globonews, Leilane Neubarth. Ao avisar seus telespectadores de que era hora dos comerciais, Leilane punha a mão espalmada sobre uma das coxas e curvava delicadamente o tronco em direção às câmeras, olhos claros indefectivelmente vidrados na lente, para deixar claro que a sua saída do ar seria curta e ela logo estaria de volta com mais informações. Aproveitava aquele azo para passar os leads do próximo bloco.
Depois dela, as redes sociais trataram de mapear esse caminho como uma linguagem de sinais absolutamente popular e corriqueira. Agora pôr a mão sobre a coxa é tão banal quanto dar bom dia com um aperto de mãos.
Ao discursar, fazer uma palestra, dar uma aula, ou simplesmente ser entrevistado, uma mão do target permanece no bolso, como se as calças ainda fossem severamente pregueadas. O emissor da mensagem pretende passar segurança, descontração, um ar de bem-sucedido e até uma certa presunção ao se dirigir à plateia que o escuta sedenta e avidamente. Com a outra mão no microfone, a mão embolsada raramente deixa seu casulo, pois é ali que reside a magia de quem se acha.
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Que eu possa recordar, a primeira vez que uma mulher fez uso desse recurso gestual para se aproximar do público, mesmo quando a notícia não fosse tão boa quanto deveria ser, me vem à mente a figura ruiva da jornalista notabilizada pela Globonews, Leilane Neubarth. Ao avisar seus telespectadores de que era hora dos comerciais, Leilane punha a mão espalmada sobre uma das coxas e curvava delicadamente o tronco em direção às câmeras, olhos claros indefectivelmente vidrados na lente, para deixar claro que a sua saída do ar seria curta e ela logo estaria de volta com mais informações. Aproveitava aquele azo para passar os leads do próximo bloco.
Depois dela, as redes sociais trataram de mapear esse caminho como uma linguagem de sinais absolutamente popular e corriqueira. Agora pôr a mão sobre a coxa é tão banal quanto dar bom dia com um aperto de mãos.
Ao discursar, fazer uma palestra, dar uma aula, ou simplesmente ser entrevistado, uma mão do target permanece no bolso, como se as calças ainda fossem severamente pregueadas. O emissor da mensagem pretende passar segurança, descontração, um ar de bem-sucedido e até uma certa presunção ao se dirigir à plateia que o escuta sedenta e avidamente. Com a outra mão no microfone, a mão embolsada raramente deixa seu casulo, pois é ali que reside a magia de quem se acha.