O PRAZER DA LEITURA
Mais livros, menos tecnologia
Vivemos tempos digitais fora do tempo da vida real, daquela que pede o olho no olho, o toque, o encontro, que clama a atenção do sentir na pele, não na tecla
Você que me lê neste momento tem se permitido um tempo fora do universo digital? Um desplugar-se das redes sociais, aplicativos e de toda a parafernália tecnológica? Vivemos tempos digitais fora do tempo da vida real, daquela que pede o olho no olho, o toque, o encontro, que clama a atenção do sentir na pele, não na tecla. Que brada pelo humano que habita em nós.
Não quero aqui ser terapeuta das ansiedades ou alquimista das pressas digitais, cada vez mais opressoras por respostas imediatas, por opiniões para tudo. Erroneamente, seguimos colocando o nosso ego e vaidade em primeiro lugar, precisando ser alguém, antes, no digital. Para nos sentirmos parte da matilha, do cardume, da alcateia? Para nos sentirmos dentro de um mecanismo cada vez mais fora da gente? Umberto Eco, em Não contem com o fim do livro, dizia que "eletrônicos duram dez anos, livros cinco séculos"
O celular, por exemplo, é hoje a nova boneca, bolita e pandorga de outrora, inclusive nos fazendo escolher para qual guerra olhar. Provoco, então, a uma volta ao papel, ao universo sideral dos livros. Escape, voe, livre-se das correntes do digital e adentre aos sistemas solares da literatura. Dessa variedade inimaginável de vidas que nos permitimos viver e visitar quando abrimos a janela da imaginação e damos aos sentidos a chance da pausa necessária ao reconhecimento nosso e do outro por meio dos livros.
No meu caso, a desintoxicação digital ocorre há quase uma década, o que me fez entender o russo Vladimir Maiakowski. Afirmava sentir-se "preso ao papel pelo prego das palavras". E literatura é isso, é ir na nascente para purificar a foz.
Você que me lê neste momento tem se permitido um tempo fora do universo digital? Um desplugar-se das redes sociais, aplicativos e de toda a parafernália tecnológica? Vivemos tempos digitais fora do tempo da vida real, daquela que pede o olho no olho, o toque, o encontro, que clama a atenção do sentir na pele, não na tecla. Que brada pelo humano que habita em nós.
Não quero aqui ser terapeuta das ansiedades ou alquimista das pressas digitais, cada vez mais opressoras por respostas imediatas, por opiniões para tudo. Erroneamente, seguimos colocando o nosso ego e vaidade em primeiro lugar, precisando ser alguém, antes, no digital. Para nos sentirmos parte da matilha, do cardume, da alcateia? Para nos sentirmos dentro de um mecanismo cada vez mais fora da gente? Umberto Eco, em Não contem com o fim do livro, dizia que "eletrônicos duram dez anos, livros cinco séculos"
O celular, por exemplo, é hoje a nova boneca, bolita e pandorga de outrora, inclusive nos fazendo escolher para qual guerra olhar. Provoco, então, a uma volta ao papel, ao universo sideral dos livros. Escape, voe, livre-se das correntes do digital e adentre aos sistemas solares da literatura. Dessa variedade inimaginável de vidas que nos permitimos viver e visitar quando abrimos a janela da imaginação e damos aos sentidos a chance da pausa necessária ao reconhecimento nosso e do outro por meio dos livros.
No meu caso, a desintoxicação digital ocorre há quase uma década, o que me fez entender o russo Vladimir Maiakowski. Afirmava sentir-se "preso ao papel pelo prego das palavras". E literatura é isso, é ir na nascente para purificar a foz.
Não quero aqui ser terapeuta das ansiedades ou alquimista das pressas digitais, cada vez mais opressoras por respostas imediatas, por opiniões para tudo. Erroneamente, seguimos colocando o nosso ego e vaidade em primeiro lugar, precisando ser alguém, antes, no digital. Para nos sentirmos parte da matilha, do cardume, da alcateia? Para nos sentirmos dentro de um mecanismo cada vez mais fora da gente? Umberto Eco, em Não contem com o fim do livro, dizia que "eletrônicos duram dez anos, livros cinco séculos"