OPINIÃO
Lya Luft e Viktor Frankl em Nova Petrópolis
Última atualização: 23/02/2024 15:14
Lamentar-se da vida ou sobre ela reflexionar … (foi) tudo o quanto afetou dois escritores, que, em tempos e circunstâncias distintas, infundiram - em papel tipografado - suas mais tímidas reflexões e corduras serenas, sinalizando (em descortinadas confidências) incentivos seminais àqueles que desejam existir, ainda para mais vivendo.
Passando por quatro campos de concentração durante o execrável Holocausto na Segunda Guerra Mundial, o pai da Logoterapia, Viktor Frankl, expõe, ao longo de seu trabalho, iniciado (com motivação e desvelo inexplicáveis) logo após a sua libertação em 1945, uma vasta teoria sobre o sentido da vida, fincada em três pilares essenciais: liberdade da vontade, vontade de sentido e sentido da vida.
O então professor de neurologia da Universidade de Viena - já não mais o prisioneiro nº 119 104 - aceita o convite da riograndense Lya Luft para conhecer Nova Petrópolis, na Serra gaúcha.
Passo a passo, pelas ruas - e flores - da pitoresca cidade de colonização germânica (para ambos, um tanto habitual), Frankl narra à jovem Lya sua percepção sobre a busca de um sentido que à vida pode ser conferido, em um ou outro colorido, coincidente ou não com as cores das flores de Nova Petrópolis.
A gauchinha, cujo brilho do olhar acusava o envolvimento no linguajar (simples e ponderado) do majestoso professor vienense, despertou suas iniciais significações sobre "o viver", concedendo-nos, num par de décadas após esse passeio, a sua jornada nas páginas de "Perdas e Ganhos".
A eles, quase nada lhes sobrou de pessimismo (talvez pelo entusiasmo que despontava do perfume das flores). Logo os dois, acostumados com as mais singelas primaveras, jamais se iludiriam com uma "não vida".
Lya nos deu de préstimo sua vasta vivência - em conto despretensiosamente narrado - quanto a não relevância do tempo da vida. Para ela, qualquer fase (até mesmo a madura velhice) é o bastante para ser festejada.
Viktor, cortejando - a um só tempo - a antevista escrita de Lya e seu modelo poético de se posicionar sobre qualquer obstáculo, apercebeu-se fixado a um insidioso labirinto (verde), a quem se destina os felizes e prazenteiros.
E caminharam até se encontrarem. Por um lado, ele, desenhando o sentido da vida; por outro, Lya, revelando que a vida, tal qual o labirinto (verde), acoberta-se de perdas e ganhos.
Lamentar-se da vida ou sobre ela reflexionar … (foi) tudo o quanto afetou dois escritores, que, em tempos e circunstâncias distintas, infundiram - em papel tipografado - suas mais tímidas reflexões e corduras serenas, sinalizando (em descortinadas confidências) incentivos seminais àqueles que desejam existir, ainda para mais vivendo.
Passando por quatro campos de concentração durante o execrável Holocausto na Segunda Guerra Mundial, o pai da Logoterapia, Viktor Frankl, expõe, ao longo de seu trabalho, iniciado (com motivação e desvelo inexplicáveis) logo após a sua libertação em 1945, uma vasta teoria sobre o sentido da vida, fincada em três pilares essenciais: liberdade da vontade, vontade de sentido e sentido da vida.
O então professor de neurologia da Universidade de Viena - já não mais o prisioneiro nº 119 104 - aceita o convite da riograndense Lya Luft para conhecer Nova Petrópolis, na Serra gaúcha.
Passo a passo, pelas ruas - e flores - da pitoresca cidade de colonização germânica (para ambos, um tanto habitual), Frankl narra à jovem Lya sua percepção sobre a busca de um sentido que à vida pode ser conferido, em um ou outro colorido, coincidente ou não com as cores das flores de Nova Petrópolis.
A gauchinha, cujo brilho do olhar acusava o envolvimento no linguajar (simples e ponderado) do majestoso professor vienense, despertou suas iniciais significações sobre "o viver", concedendo-nos, num par de décadas após esse passeio, a sua jornada nas páginas de "Perdas e Ganhos".
A eles, quase nada lhes sobrou de pessimismo (talvez pelo entusiasmo que despontava do perfume das flores). Logo os dois, acostumados com as mais singelas primaveras, jamais se iludiriam com uma "não vida".
Lya nos deu de préstimo sua vasta vivência - em conto despretensiosamente narrado - quanto a não relevância do tempo da vida. Para ela, qualquer fase (até mesmo a madura velhice) é o bastante para ser festejada.
Viktor, cortejando - a um só tempo - a antevista escrita de Lya e seu modelo poético de se posicionar sobre qualquer obstáculo, apercebeu-se fixado a um insidioso labirinto (verde), a quem se destina os felizes e prazenteiros.
E caminharam até se encontrarem. Por um lado, ele, desenhando o sentido da vida; por outro, Lya, revelando que a vida, tal qual o labirinto (verde), acoberta-se de perdas e ganhos.
Passando por quatro campos de concentração durante o execrável Holocausto na Segunda Guerra Mundial, o pai da Logoterapia, Viktor Frankl, expõe, ao longo de seu trabalho, iniciado (com motivação e desvelo inexplicáveis) logo após a sua libertação em 1945, uma vasta teoria sobre o sentido da vida, fincada em três pilares essenciais: liberdade da vontade, vontade de sentido e sentido da vida.