Acho muito certo o Lula vetar os incentivos à indústria brasileira, mesmo que seus eleitores percam os empregos. Afinal ele é um líder internacional e tem que manter esta postura. Para isso tem de viajar bastante, ostentar-se nas capitais por onde passa, para mostrar que o Brasil não é uma república bananeira da América. É o Brasil. Terra do futebol e carnaval. Da lei e da ordem. Paraíso dirigido desde a capital do futuro. Onde se reúnem, nos Três Poderes, cidadãos sem mácula invisível. Sobre as visíveis, aí está Lava Jato que não deve ser esquecida. Ia escrever jaça, que é termo muito usado no exame de pedras preciosas. Pedra sem jaça é aquela sem defeito. Aí diriam que estou extrapolando.
Qualquer celular acessa o mercado de quinquilharias em geral, fabricadas na China sem impostos e, portanto, baratas. As mesmas que se produzem no Brasil, aqui fabricadas, mediante o pagamento de impostos. Impostos – perdão do trocadilho – impostos por governos centrais ávidos de proteger seus interesses e de seus agregados. Afinal, entra e sai governo e partidos e tudo segue na mesma linha. Nada mais parecido com um político da esquerda que um político da direita.
Neste vai e vem do mercado internacional e da necessidade de garantir empregos para os brasileiros e não para os chineses, é a lei de desoneração da folha de pagamento. Lula vetou que fosse prorrogada. Cálculos dos setores pagantes referem que 20 mil brasileiros, que trabalham no setor de calçados, poderão ser demitidos. Na indústria gaúcha em geral, mais de 400 mil empregos perigam. O Congresso pode “virar os arreios”. Isso esperam gaúchos e brasileiros.
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