Chegou aquela época do ano em que pipocam feiras do livro pelo interior. Outubro se estenderá por páginas e capítulos até o ano diluir-se na expectativa do que virá – e de novos livros. Bancas de variadas formas e cores estarão expondo inúmeras possibilidades de novas emoções: romances, poesia, suspense, relatos fantásticos, conhecimento e pensamento ficarão ao alcance de mãos interessadas em descobrir o que as capas guardam, ciumentas. Rasgarão um pouco irritadas os invólucros de plástico.
Dizem que é para proteger o miolo mas quem adora mergulhar no livro logo depois da compra, sabe o quanto eles são incômodos.
Nossas feiras nem sempre oferecem lançamentos bombásticos. É verdade. Às vezes há uma repetição de títulos de uma banca para outra. O lado comercial se impõe, e muitas vezes somos engolfados por uma maré de autores estrangeiros ou famosos que pouco tem a ver com a vida do interior. Mas esse é o momento em que também temos a oportunidade de conversar com autores: os que estão começando, os que são locais, os que levam a sério os versos de Castro Alves, “Bendito o que semeia livros, livros a mão cheia, e manda o povo pensar. O livro caindo n’alma, é gérmen que faz a palma, é chuva, que faz o mar.”
Esse momento de reconstrução de tantas cidades afetadas pelas chuvas e pela mudança climática é ideal para levar as pessoas a pensarem novas formas de viver e construir uma sociedade melhor. Os livros são o melhor caminho para mudar a mentalidade das pessoas. E as feiras de livros são ideais para garimpar novas ideias.
Vamos a elas!
LEIA MAIS ARTIGOS DE SIMONE SAUERESSIG
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags