Seis meses depois da enchente
Lições não aprendidas
A população precisa reconstruir suas vidas
Última atualização: 05/11/2024 14:21
Seis meses depois da maior catástrofe climática do RS, pouco mais de 50% dos recursos que os governos federal e do Estado prometeram foram liberados. Há quase duas mil pessoas ainda em abrigos.
Temos, ainda, um contingente que “mora de favor”. No Vale do Taquari, a situação é ainda mais dramática. Há centenas de pessoas vivendo de maneira indigna desde setembro do ano passado.
Entende-se que existem ações que exigem implementação a médio e longo prazo, mas a burocracia impõe dor, sofrimento e revolta a milhares de gaúchos. O governo federal criou o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul, cuja função era planejar e executar soluções e minimizar as agruras de milhões de rio-grandenses.
Tivemos um sem número de comitivas vindas de Brasília. Houve uma enxurrada de entrevistas, fotos, vídeos. Prefeitos foram convocados para participar de atos. Muitos desistiram:
- O gasto para ir a Porto Alegre não compensa as migalhas que recebemos. E temos urgências no nosso município – confidenciou um prefeito do Vale do Taquari, amigo de longa data.
O governador Eduardo Leite tornou-se uma espécie de garoto propaganda. Até apareceu em vídeos de alerta meteorológico.
Parece que a população, chamada às urnas recentemente, reconheceu o esforço da maioria dos prefeitos de cidades assoladas pelas enchentes. A maioria conquistou a reeleição. A população, pacata, ordeira e trabalhadora, não tem ânimos para protestar. Precisa reconstruir suas vidas. Espera pacientemente que um dia suas tragédias sejam levadas a sério.
Temos, ainda, um contingente que “mora de favor”. No Vale do Taquari, a situação é ainda mais dramática. Há centenas de pessoas vivendo de maneira indigna desde setembro do ano passado.
Entende-se que existem ações que exigem implementação a médio e longo prazo, mas a burocracia impõe dor, sofrimento e revolta a milhares de gaúchos. O governo federal criou o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul, cuja função era planejar e executar soluções e minimizar as agruras de milhões de rio-grandenses.
Tivemos um sem número de comitivas vindas de Brasília. Houve uma enxurrada de entrevistas, fotos, vídeos. Prefeitos foram convocados para participar de atos. Muitos desistiram:
- O gasto para ir a Porto Alegre não compensa as migalhas que recebemos. E temos urgências no nosso município – confidenciou um prefeito do Vale do Taquari, amigo de longa data.
O governador Eduardo Leite tornou-se uma espécie de garoto propaganda. Até apareceu em vídeos de alerta meteorológico.
Parece que a população, chamada às urnas recentemente, reconheceu o esforço da maioria dos prefeitos de cidades assoladas pelas enchentes. A maioria conquistou a reeleição. A população, pacata, ordeira e trabalhadora, não tem ânimos para protestar. Precisa reconstruir suas vidas. Espera pacientemente que um dia suas tragédias sejam levadas a sério.
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Temos, ainda, um contingente que “mora de favor”. No Vale do Taquari, a situação é ainda mais dramática. Há centenas de pessoas vivendo de maneira indigna desde setembro do ano passado.
Entende-se que existem ações que exigem implementação a médio e longo prazo, mas a burocracia impõe dor, sofrimento e revolta a milhares de gaúchos. O governo federal criou o Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul, cuja função era planejar e executar soluções e minimizar as agruras de milhões de rio-grandenses.
Tivemos um sem número de comitivas vindas de Brasília. Houve uma enxurrada de entrevistas, fotos, vídeos. Prefeitos foram convocados para participar de atos. Muitos desistiram:
- O gasto para ir a Porto Alegre não compensa as migalhas que recebemos. E temos urgências no nosso município – confidenciou um prefeito do Vale do Taquari, amigo de longa data.
O governador Eduardo Leite tornou-se uma espécie de garoto propaganda. Até apareceu em vídeos de alerta meteorológico.
Parece que a população, chamada às urnas recentemente, reconheceu o esforço da maioria dos prefeitos de cidades assoladas pelas enchentes. A maioria conquistou a reeleição. A população, pacata, ordeira e trabalhadora, não tem ânimos para protestar. Precisa reconstruir suas vidas. Espera pacientemente que um dia suas tragédias sejam levadas a sério.