UM ANO
Legado e autoestima
Um cemitério histórico, preserva a história dos imigrantes
Última atualização: 05/12/2024 22:04
Desde o dia 8 de janeiro deste ano resido em uma pequena localidade, no espaço rural de Teutônia. Em primeiro lugar, registro a marca do acolhimento. Com essa abertura, pude participar de algumas ações importantes promovidas pelos moradores da Linha Catarina. A mais recente é a manutenção de um cemitério desativado, repleto de história de gente que veio da Europa para buscar uma vida melhor nestas terras. Nos túmulos de pedra de areia entalhada a mão, vê-se o registro de pessoas que vieram da Dinamarca, Holanda e regiões que integram a atual Alemanha.
Como um dos primeiros espaços necessários para a coletividade, seja por questões de credo ou de saúde pública, o cemitério foi instituído em 1889 e desativado em 1956.
O espaço de memória e de respeito aos antepassados veio sendo preservado pelos descendentes dos que ali receberam a sua última morada. A ideia é deixar o espaço atraente para pesquisadores, visitantes que, por motivos diversos, venham a procurar o local. As pedras esculpidas são verdadeiras obras-primas.
Chama-me a atenção, como novo integrante da comunidade, o orgulho que sentem as pessoas do legado deixado por seus antepassados. Junto com o orgulho, o respeito pelas histórias diversas se manifesta, bem como a responsabilidade em deixar registrada, de maneira concreta, a história para os que hoje ainda são crianças.
Tenho pra mim que o cuidado com o patrimônio histórico de uma comunidade está diretamente ligado ao grau de sua autoestima. A turma da Linha Catarina canta a sua aldeia e é, por isso, universal.
Como um dos primeiros espaços necessários para a coletividade, seja por questões de credo ou de saúde pública, o cemitério foi instituído em 1889 e desativado em 1956.
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Como um dos primeiros espaços necessários para a coletividade, seja por questões de credo ou de saúde pública, o cemitério foi instituído em 1889 e desativado em 1956.