ENTRAVES
Intrigantes erros de cálculos II
Não imaginava que minha sugestão para melhorar nosso sistema de ensino iria esbarrar na falta de recursos
Pois ao escrever a uns pares de dias a crônica "Intrigantes erros de cálculos", não imaginava que neste curto espaço de tempo, minha sugestão para melhorar nosso sistema de ensino iria esbarrar na falta de recursos, mas ao ler o resumo de nosso orçamento nacional, senti a dor de osso partido, aquela mesma dor que sentimos quando somos traídos por amigos.
Nosso orçamento prevê R$ 5,5 trilhões, parece grana que não acaba mais, mas os efluentes por onde deve escorrer esta dinheirama parecem certos rios que conhecemos e mendigam ajuda, pois já caminham ao invés de correr.
Diz um ditado popular que a voz do povo é a voz de Deus, eu acredito, mas desconfio que Deus fala em aramaico para nossos deputados, senadores, ministros e demais brasilienses que, lá longe, planejam nossos recursos para mudar as coisas em nossas aldeias. Felizes foram os índios que puderam criar suas regras locais.
A premiada escritora Carla Madeira, certa feita, escreveu: "na vida, o mal resolvido sempre tromba na gente, ninguém escapa das tangentes". E aí está a prova: R$ 112,5 bilhões é a previsão para a educação, enquanto mais da metade deste valor, R$ 57,9 milhões vão bancar campanhas eleitorais e emendas parlamentares, que é a mesma coisa.
Não sei vocês, mas continuarei rezando a Deus que mude o idioma ao falar aos dirigentes e estes que consultem otorrinolaringologistas.
Pois ao escrever a uns pares de dias a crônica "Intrigantes erros de cálculos", não imaginava que neste curto espaço de tempo, minha sugestão para melhorar nosso sistema de ensino iria esbarrar na falta de recursos, mas ao ler o resumo de nosso orçamento nacional, senti a dor de osso partido, aquela mesma dor que sentimos quando somos traídos por amigos.
Nosso orçamento prevê R$ 5,5 trilhões, parece grana que não acaba mais, mas os efluentes por onde deve escorrer esta dinheirama parecem certos rios que conhecemos e mendigam ajuda, pois já caminham ao invés de correr.
Diz um ditado popular que a voz do povo é a voz de Deus, eu acredito, mas desconfio que Deus fala em aramaico para nossos deputados, senadores, ministros e demais brasilienses que, lá longe, planejam nossos recursos para mudar as coisas em nossas aldeias. Felizes foram os índios que puderam criar suas regras locais.
A premiada escritora Carla Madeira, certa feita, escreveu: "na vida, o mal resolvido sempre tromba na gente, ninguém escapa das tangentes". E aí está a prova: R$ 112,5 bilhões é a previsão para a educação, enquanto mais da metade deste valor, R$ 57,9 milhões vão bancar campanhas eleitorais e emendas parlamentares, que é a mesma coisa.
Não sei vocês, mas continuarei rezando a Deus que mude o idioma ao falar aos dirigentes e estes que consultem otorrinolaringologistas.
Nosso orçamento prevê R$ 5,5 trilhões, parece grana que não acaba mais, mas os efluentes por onde deve escorrer esta dinheirama parecem certos rios que conhecemos e mendigam ajuda, pois já caminham ao invés de correr.