HERANÇA
Idiomas preservados com naturalidade
A preservação de um idioma se dá no uso natural, nos ambientes em que seus falantes convivem
Última atualização: 02/08/2024 21:31
Temos uma variedade imensa de idiomas praticados em casas de famílias que ajudam a construir a nossa região. É uma riqueza cujo valor é imensurável. Pela naturalidade e, principalmente, pela gratuidade na aprendizagem, muitas vezes esse repertório não é valorizado devidamente.
Tive a felicidade de poder ouvir o professor Lucildo Ahlert numa conversa sobre o "Sapato de Pau", o Westfälisch, que, assim como o Hunsrück, é uma variante do idioma oficial alemão, só que oriundo de uma outra região. Principalmente a parte norte do município de Teutônia e grande parte do município de Westfália, no Vale do Taquari, foram colonizadas, na segunda metade do século 19, por imigrantes oriundos da Westfália, hoje integrante do estado de Nordrhein-Westfalen. Eis o motivo de muitos descendentes ainda falarem naturalmente essa variante em muitos ambientes.
O professor Lucildo falou da necessidade de haver políticas de preservação desse idioma e ele tem total razão. Um idioma, no entanto, não se estabelece por decreto. Se assim fosse, ninguém falaria alemão no Brasil. Afinal de contas o governo proibira esse e outros idiomas que não fossem o português. Uma guerra fez com que nossa nação se desentendesse com a Alemanha. Vejam os desdobramentos disso.
A preservação de um idioma se dá no uso natural, nos ambientes em que seus falantes convivem. Detalhe: a palavra alemã para variante linguística é "Mundart" o que equivale a "versão oral". Não há uma preocupação com a escrita. Importa o falar.
Didaticamente, o falar integra a fase inicial da aprendizagem de um idioma. Junto com o ouvir, essa é uma prática de extremo valor educacional para as nossas crianças. Pais precisam colaborar nesse sentido.
Tive a felicidade de poder ouvir o professor Lucildo Ahlert numa conversa sobre o "Sapato de Pau", o Westfälisch, que, assim como o Hunsrück, é uma variante do idioma oficial alemão, só que oriundo de uma outra região. Principalmente a parte norte do município de Teutônia e grande parte do município de Westfália, no Vale do Taquari, foram colonizadas, na segunda metade do século 19, por imigrantes oriundos da Westfália, hoje integrante do estado de Nordrhein-Westfalen. Eis o motivo de muitos descendentes ainda falarem naturalmente essa variante em muitos ambientes.
Conteúdo exclusivo para assinantes
Para ver este conteúdo na íntegra, é necessário que você seja assinante
Tive a felicidade de poder ouvir o professor Lucildo Ahlert numa conversa sobre o "Sapato de Pau", o Westfälisch, que, assim como o Hunsrück, é uma variante do idioma oficial alemão, só que oriundo de uma outra região. Principalmente a parte norte do município de Teutônia e grande parte do município de Westfália, no Vale do Taquari, foram colonizadas, na segunda metade do século 19, por imigrantes oriundos da Westfália, hoje integrante do estado de Nordrhein-Westfalen. Eis o motivo de muitos descendentes ainda falarem naturalmente essa variante em muitos ambientes.