REFLEXÃO
Guris, futebol e cultura do estupro
Como desconstruir ídolos tão representativos?
Última atualização: 27/03/2024 15:15
Ser mãe de um guri que tem o futebol como sua principal paixão não é uma tarefa fácil. Como lidar com este amor que envolve ídolos que não correspondem a um comportamento correto, ético e respeitoso? Que valorizam o dinheiro sem nenhum princípio, carros e esbanjamentos luxuosos e tratam as mulheres como mais um objeto a ser usado e descartado sem dignidade? Sei que o machismo da sociedade patriarcal não está somente no futebol. Mas esta modalidade esportiva influencia o mundo todo dando poucas chances de defesas para o discernimento de uma criança ou adolescente. Também sei que o futebol tem um Vini Júnior que dá um baita exemplo.
Minha escrita foi disparada pelo vídeo que o Esporte Clube Bahia fez para romper com o silêncio propagado pela cultura do estupro afirmando: "a culpa é sua, o corpo não". Na tentativa de lidar com esse conjunto de comportamentos e ações que toleram o estupro praticado contra as mulheres em nossa sociedade, que subjuga o corpo feminino e silencia com muita força as denúncias e queixas dificultando que seja falado, ouvido e, portanto, responsabilizado.
Como desconstruir ídolos tão representativos? Quais, exatamente, são as opções que temos para oferecer a juventude prevenindo adoecimentos em saúde mental? Já fui culpada por outros (geralmente homens) e muito me culpei por situações em que sempre é mais fácil apontar às mães. Isso não é de hoje. As famílias ficam como as únicas responsabilizadas por toda uma formação social, midiática que sustentam comportamentos. Mesmo vindo de um contexto de enclausuramento físico pós-pandêmico, onde as únicas possibilidades foram as virtualidades pouco compartilhadas ou com possibilidades restritas de acesso para mães, pais e cuidadores de adolescentes estão tentando descobrir a vida e achar seus caminhos.
Minha escrita foi disparada pelo vídeo que o Esporte Clube Bahia fez para romper com o silêncio propagado pela cultura do estupro afirmando: "a culpa é sua, o corpo não". Na tentativa de lidar com esse conjunto de comportamentos e ações que toleram o estupro praticado contra as mulheres em nossa sociedade, que subjuga o corpo feminino e silencia com muita força as denúncias e queixas dificultando que seja falado, ouvido e, portanto, responsabilizado.
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Minha escrita foi disparada pelo vídeo que o Esporte Clube Bahia fez para romper com o silêncio propagado pela cultura do estupro afirmando: "a culpa é sua, o corpo não". Na tentativa de lidar com esse conjunto de comportamentos e ações que toleram o estupro praticado contra as mulheres em nossa sociedade, que subjuga o corpo feminino e silencia com muita força as denúncias e queixas dificultando que seja falado, ouvido e, portanto, responsabilizado.