Novas perspectivas
Emprego
Lá no Aliança, não conseguimos pessoas para trabalhar
Última atualização: 13/11/2024 09:45
Na época do escritório do Dr. Marco, em Porto Alegre, o convencemos de que precisávamos de um estagiário. Foi aí que eu e meu colega, Afonso, tivemos a melhor das ideias. Fizemos um anúncio nos classificados de domingo.
O porteiro do prédio queria nos matar. Interditamos as escadas até o quinto andar, sem dizer do elevador o entra e sai de pessoas. Uma fila interminável. Os primeiros foram entrevistados, os demais descartávamos pelo semestre cursado e pela falta de carteira de estagiário da OAB.
Um infindável número de formados estava na fila, todos desempregados com propostas indecorosas de trabalhar de graça, apenas pelo fato de estarem num escritório. De pronto eram descartados, vai que o Dr. Marco se desse conta e nos demitisse.
Tudo mudou. Não vamos mais aos fóruns, não conhecemos os colegas e certamente os novos não têm a menor ideia do que seja paletear processos no sol escaldante.
A fila de interessados no trabalho se foi. Lá no Aliança, não conseguimos pessoas para trabalhar. Anunciamos em jornais, agências e, por fim, o velho método do carro de som pelo bairro. Talvez três pessoas tenham vindo ao longo desses meses.
Ao saberem que trabalhamos em finais de semana ou mesmo em turno inverso, abortam.
É muito mais fácil ficar no celular, fazendo apostas e ganhando uns 20 pilas por dia ou mesmo viver de algum benefício em vez de encarar a labuta.
Acho que não vou estar por perto para ver esta geração sem ambição, sem vontade, sem estudo e sem recolhimento do INSS para sobreviver.
O porteiro do prédio queria nos matar. Interditamos as escadas até o quinto andar, sem dizer do elevador o entra e sai de pessoas. Uma fila interminável. Os primeiros foram entrevistados, os demais descartávamos pelo semestre cursado e pela falta de carteira de estagiário da OAB.
Um infindável número de formados estava na fila, todos desempregados com propostas indecorosas de trabalhar de graça, apenas pelo fato de estarem num escritório. De pronto eram descartados, vai que o Dr. Marco se desse conta e nos demitisse.
Tudo mudou. Não vamos mais aos fóruns, não conhecemos os colegas e certamente os novos não têm a menor ideia do que seja paletear processos no sol escaldante.
A fila de interessados no trabalho se foi. Lá no Aliança, não conseguimos pessoas para trabalhar. Anunciamos em jornais, agências e, por fim, o velho método do carro de som pelo bairro. Talvez três pessoas tenham vindo ao longo desses meses.
Ao saberem que trabalhamos em finais de semana ou mesmo em turno inverso, abortam.
É muito mais fácil ficar no celular, fazendo apostas e ganhando uns 20 pilas por dia ou mesmo viver de algum benefício em vez de encarar a labuta.
Acho que não vou estar por perto para ver esta geração sem ambição, sem vontade, sem estudo e sem recolhimento do INSS para sobreviver.
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O porteiro do prédio queria nos matar. Interditamos as escadas até o quinto andar, sem dizer do elevador o entra e sai de pessoas. Uma fila interminável. Os primeiros foram entrevistados, os demais descartávamos pelo semestre cursado e pela falta de carteira de estagiário da OAB.
Um infindável número de formados estava na fila, todos desempregados com propostas indecorosas de trabalhar de graça, apenas pelo fato de estarem num escritório. De pronto eram descartados, vai que o Dr. Marco se desse conta e nos demitisse.
Tudo mudou. Não vamos mais aos fóruns, não conhecemos os colegas e certamente os novos não têm a menor ideia do que seja paletear processos no sol escaldante.
A fila de interessados no trabalho se foi. Lá no Aliança, não conseguimos pessoas para trabalhar. Anunciamos em jornais, agências e, por fim, o velho método do carro de som pelo bairro. Talvez três pessoas tenham vindo ao longo desses meses.
Ao saberem que trabalhamos em finais de semana ou mesmo em turno inverso, abortam.
É muito mais fácil ficar no celular, fazendo apostas e ganhando uns 20 pilas por dia ou mesmo viver de algum benefício em vez de encarar a labuta.
Acho que não vou estar por perto para ver esta geração sem ambição, sem vontade, sem estudo e sem recolhimento do INSS para sobreviver.