Até 1979 eram apenas dois partidos nas eleições: Arena e MDB.
O site do TSE diz que hoje existem 29 partidos registrados. Alguns nunca ouvi falar: Mobilização Nacional, Agir, Avante, Partido da Mulher Brasileira, Unidade Popular.
As campanhas se modificaram a começar pela proibição dos brindes. Camisetas, chaveiros, réguas, bomba de chimarrão entre outros. Continuam os impressos, hoje em número exíguo. As cidades que eram poluídas visualmente estão mais limpas.
Naquela época os postes de luz todos os dias amanheciam com novas fotos, umas sobre as outras e assim permaneciam até o tempo desmanchá-las. O dia das eleições era um festival de sujeira pelas calçadas, além da famosa abordagem da boca de urna.
Pré-internet veio a moda do cavalete móvel. As equipes colocavam nos lugares definidos pela Justiça Eleitoral e recolhiam à noite. Um ou outro ficava perdido pela madrugada.
Hoje as redes sociais são a grande avalanche da campanha que deixa o leitor um tanto quanto desorientado. Há pouca informação e muito xingamento. Novo Hamburgo tem 156 candidatos a vereador para 14 vagas, Porto Alegre, 517 para 35 e São Leopoldo, 175 para 13.
Pelas minhas contas, vão ser construídos uns 8 hospitais, várias escolas, saneamento para todos e até os moradores de rua terão destino. Isso tudo numa campanha de vereador que eleito, não pode determinar o que o Executivo deve fazer sob pena da inconstitucionalidade.
Por essas e por outras que alguns de fala eloquente e convincente surgem como meteoros.
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