Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, deixará a Corte por atingir, em breve, a idade da aposentadoria compulsória. Quero aliar-me às centenas de juristas que, no País inteiro, defendem que seja de uma outra mulher a vaga a ser aberta. E, como tantas opiniões já manifestadas, que esta mulher seja uma negra. O Supremo já contou com magistrados negros, mas jamais com uma negra. E a hora tem que ser agora, ainda mais que nós, gaúchos, podemos torcer pela indicação e nomeação da atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a competentíssima Iris Helena Medeiros Nogueira.
Foto: Eduardo Nichele/TJRS
Conheço Iris Helena, admiro e sigo sua trajetória, desde que começou na carreira, depois de formada na sua amada Pelotas, cidade que lhe serviu de berço e cenário de toda a formação, até chegar à colação de grau na Ufpel. Trinta e cinco anos de carreira na magistratura dão-lhe respaldo suficiente para que esteja agora sendo cogitada para uma cadeira no tribunal mais elevado do País. Iris atuou em Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Campina das Missões, Espumoso, São Jerônimo e Porto Alegre, onde marcou definitivamente uma caminhada brilhante, fosse na presidência do Júri, ou depois, como corregedora-geral.
Defendo a presença de uma negra no Supremo e estou na torcida para que seja ela Iris Helena. Será muito bom para o Tribunal, será muito bom para a cidadania. Um olhar acostumado à cena social, um agir comedido e por isso adequado, eis aí algumas das qualidades demonstradas pela desembargadora que ora preside o nosso Judiciário. Como jurista e jornalista, defendo a ideia de vermos Iris no STF.
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