Deve haver uma solução para o pedágio da RS-240

Acompanhando a polêmica do pedágio da RS-240 em Portão, lembro da "inauguração" da praça de cobrança de Campo Bom. Era comunitária. Havia três no Estado, incluindo também a de Portão. Manhã linda de primavera, todos aguardando o eclipse do Sol.

"Irmãozinhos, em poucos minutos, o céu fica parecido comigo. Um pouco mais escuro, e aproveitaremos o momento para o corte da fita." Palavras do bem-humorado governador Alceu Collares. Estava preocupado com a reação dos primeiros motoristas que veriam o subir e descer das cancelas ainda com cheirinho de tinta. "Concordo, se aplicarem o dinheiro na rodovia e for barato." Era uma das opiniões mais ouvidas para nosso alívio. Confirmava o acordo entre governo estadual e os Coredes do Paranhana e Vale do Sinos.

Fazíamos reuniões mensais para conferir valores arrecadados e definir prioridades. Houve muitos avanços e, principalmente, diálogo durante vários governos. Não é por acaso que a RS-239 tem a tarifa mais baixa do RS.

E Portão, que era uma praça comunitária? Com a privatização, há, sem dúvida, exagero em cobrar R$ 11,90. E a localização? Pagar esse valor para ir ao supermercado ou para buscar um filho na escola não é razoável. Deve haver uma forma de distribuir os locais de cobrança. A concessionária terá que fazer um estudo e se capacitar para implantação do free flow para que a cobrança ocorra com base nos quilômetros rodados. É um sistema de pagamento automático por meio de equipamentos de monitoramento.

O debate para privatizar a 239, 115, 474 e 020 voltará. Temos que pensar nas melhores alternativas.

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