MEMÓRIA
Das boas lembranças
Tenho que aprender a lidar com a Dona Morte
Última atualização: 16/01/2025 21:58
Atendi ao telefone e... Silêncio. Senti a dor do nó na garganta da tia Clara que só conseguiu falar: "O Ari..." e um silêncio compreendido nos mínimos detalhes se seguiu. Sempre desajeitado com as despedidas para o nunca mais, agradeci e desejei força.
Faz mais de 20 anos que o tio (e padrinho) Ari partiu. As suas ideias e o seu jeito de tratar a tudo e todos continuam vivos e são um ensinamento para as gerações que o conheceram. Calma e paciência foram uma marca em sua caminhada. Para os afobados, a sua paciência chegava a ser irritante. É fato que nos momentos de aperto, em que parecia estarmos diante de um fato insolúvel, Ari era o oráculo. Preciso dizer que o padrinho Ari cumpriu a sua função assumida no momento do meu batismo.
Nas festas e encontros de que ele participava sempre havia uma história a ser contada por ele. As memórias acumuladas em uma vida um tanto curta estavam recheadas de afeto e bom humor. As gargalhadas dos ouvintes eram prova disso naqueles momentos inesquecíveis.
Tenho que aprender a lidar com a Dona Morte. Acho que um jeito de driblá-la é perceber a vida que permanece, apesar das despedidas inevitáveis e que são inerentes à existência física. Alguns corpos, de fato, não aguentam por muito tempo a grandeza de algumas almas.
Ele poderia ter ficado mais um tempinho. Velho demais para o rock'n roll, jovem demais para morrer, diria Ian Anderson, meio ano mais velho que o tio Ari. O líder do Jethro Tull tinha razão pela metade. Teriam cabido mais rocks naquela vida, que virou nome de rua em Novo Hamburgo.
Faz mais de 20 anos que o tio (e padrinho) Ari partiu. As suas ideias e o seu jeito de tratar a tudo e todos continuam vivos e são um ensinamento para as gerações que o conheceram. Calma e paciência foram uma marca em sua caminhada. Para os afobados, a sua paciência chegava a ser irritante. É fato que nos momentos de aperto, em que parecia estarmos diante de um fato insolúvel, Ari era o oráculo. Preciso dizer que o padrinho Ari cumpriu a sua função assumida no momento do meu batismo.
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Faz mais de 20 anos que o tio (e padrinho) Ari partiu. As suas ideias e o seu jeito de tratar a tudo e todos continuam vivos e são um ensinamento para as gerações que o conheceram. Calma e paciência foram uma marca em sua caminhada. Para os afobados, a sua paciência chegava a ser irritante. É fato que nos momentos de aperto, em que parecia estarmos diante de um fato insolúvel, Ari era o oráculo. Preciso dizer que o padrinho Ari cumpriu a sua função assumida no momento do meu batismo.