REPERCUSSÃO
Crimes bárbaros contra idosos no Paranhana
Última atualização: 25/10/2023 16:12
Não há outra classificação. O que se descobriu em Taquara foi a tristeza e a revolta que todos temos direito de sentir ante o barbarismo praticado contra idosos em uma clínica clandestina. Triste coincidência, justamente no período dedicado às pessoas com 60 anos de idade ou mais, na conformidade das previsões do Estatuto do Idoso, a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, resultante de projeto do parlamentar gaúcho Paulo Paim.
No caso de Taquara, na zona rural do Vale do Paranhana, como descreveu nosso colega Ubiratan Júnior, nas publicações da noite de segunda-feira, dez pessoas foram resgatadas de uma clínica geriátrica clandestina, após denúncia anônima encaminhada à Polícia Civil, que se valeu do apoio e presença da Ação Social e Vigilância Sanitária do município no bairro Santa Cruz da Concórdia.
Entre as vítimas dos maus tratos e da barbárie praticados, dois idosos são paraplégicos. Os que foram levados à internação criminosa nem água tinham para beber. Assim, imaginemos o que deveria ser a falta de higiene no banheiro, sem dispositivo para descarga. Um dos pacientes revelou que o espaço que lhes era destinado tinham que dividir com galinhas, que andavam por tudo e sujavam todos os cômodos. Houve o resgate das vítimas e foram identificados os responsáveis pelo inferno que chamavam de clínica para idosos. O delegado Valeriano Garcia Neto recebeu os pacientes salvos pela Polícia, desnutridos, com fezes escorridas pelas pernas e dias sem banho.
Crimes bárbaros, sem dúvida. Que venham agora os desdobramentos legais e a pesada condenação.
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