ANO ELEITORAL
Confiar em quem?
É evidente que precisamos "confiar", mas não uma confiança cega, apaixonada e radical
Última atualização: 02/07/2024 15:52
"Não ponham a sua confiança em pessoas importantes, nem confiem em seres humanos, pois eles são mortais e não podem ajudar ninguém". Este recado tem três mil anos, está no Salmo 146. É preciso entender o contexto desta passagem bíblica para não fazer bobagem, como por exemplo, desconfiar da esposa, marido, médico, piloto do avião - sem nenhum motivo. Qual, então, o sentido destas palavras?
É só ler o restante do Salmo para compreender que "quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia todos os seus planos se acabam". Por exemplo, nestes tempos polarizados na política, as pessoas acreditam cegamente em "salvadores da pátria". Só que os políticos são mortais, seus planos - que podem ser falhos como qualquer plano deste mundo - tem data de validade e não "podem ajudar ninguém".
É evidente que precisamos "confiar" nas pessoas a quem entregamos nosso voto na urna eleitoral, pois dependemos delas na lida do dia a dia. Mas não uma confiança cega, apaixonada e radical. A paixão em qualquer segmento da vida sempre acabará em decepção numa humanidade onde todos são imperfeitos. Mas "o Senhor sempre cumpre as suas promessas", diz o Salmo. E é neste ponto que a palavra "confiança" quer chegar.
E daí o salmista entra num campo bem político: exploração, fome, liberdade, estrangeiros, viúvas, órfãos... E concluiu: "O Senhor será Rei para sempre". Na verdade, é um texto profético, também descrito em Isaías 49, e que aponta para Jesus. Tanto que o próprio Jesus ao ler este texto numa sinagoga em Nazaré, arrematou: "Hoje se cumpriu a Escritura".
É desta confiança que precisamos, naquele que venceu também a morte.
É só ler o restante do Salmo para compreender que "quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia todos os seus planos se acabam". Por exemplo, nestes tempos polarizados na política, as pessoas acreditam cegamente em "salvadores da pátria". Só que os políticos são mortais, seus planos - que podem ser falhos como qualquer plano deste mundo - tem data de validade e não "podem ajudar ninguém".
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É só ler o restante do Salmo para compreender que "quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia todos os seus planos se acabam". Por exemplo, nestes tempos polarizados na política, as pessoas acreditam cegamente em "salvadores da pátria". Só que os políticos são mortais, seus planos - que podem ser falhos como qualquer plano deste mundo - tem data de validade e não "podem ajudar ninguém".