EDUCAÇÃO

Compreender a adolescência para renovar estratégias é um bom caminho

Publicado em: 15/09/2023 07:15
Última atualização: 25/10/2023 15:59

A possibilidade de educar adolescentes e jovens requer atenção, sensibilidade e atitude de abertura para ampliar nossos modos de pensamento. Nas famílias ou nas escolas, nas atividades escolares ou em outras instituições, somos envolvidos por inúmeros mitos que envolvem estes processos educativos. Às vezes, reduzimos esse processo a questões hormonais ou de conexões neuronais; outras vezes, limitamos nossos olhares por questões morais, por expectativas sociais ou idealizações pedagógicas. Buscamos, de modo melancólico, uma adolescência que imaginamos ter vivenciado em um passado imaginário.

Certamente que ocorrem importantes mudanças corporais e psicológicas neste período e que a entrada no mundo dos adultos é bastante complexa (envolvendo lutos e incompreensões de várias ordens). Todavia, trata-se de um momento formativo muito rico (para todos os envolvidos). Nas conversas com pais e mães de adolescentes, bem como das experiências de pesquisa e assessoramento pedagógico em escolas de ensino médio, advém a perspectiva de que podemos construir uma ambiência educativa acolhedora e compreensiva. Mesmo que as políticas educacionais insistam na premissa de que os jovens necessitam fazer escolhas (e serem responsabilizados por elas, o que é bastante controverso), estamos diante da possibilidade de construir novos cenários para a educação dos adolescentes.

Torna-se bastante recomendável que encontremos novos espaços para conversar sobre estes processos educativos, capazes de escutar os pais e as mães em seus próprios dilemas e de oferecer aos professores e as professoras um percurso de formação mais sensível a estas subjetividades em transformação. Por fim, convido às redes de educação e as associações comunitárias a renovarem suas estratégias formativas para a compreensão da adolescência em seus desafios emergentes neste início de século 21.

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