Política
Resultado foi o esperado, mas a base na Câmara encolheu
Parte dos projetos que formam a reforma da previdência foram aprovados em primeira votação, mas o Executivo terá que se desdobrar para conseguir passar a mudança na Lei Orgânica
Última atualização: 01/03/2024 09:04
A aposta nos bastidores indicava aprovação por oito votos a seis no primeiro turno de parte da reforma da previdência de Novo Hamburgo. A votação ocorreu na tarde desta quarta-feira (5) sob vaias e protestos dos servidores públicos que lotaram as galerias do Palácio 5 de Abril. Entretanto, o placar na banca de apostas indicava justamente esse escore. Ou seja, sem surpresas.
Por outro lado, o resultado - que foi um alívio momentâneo para o Executivo - é uma demonstração de que a base governista diminuiu no Legislativo. Desde o início do segundo governo Fatima Daudt (MDB) dois já se desgarraram.
O primeiro foi por um movimento involuntário. Com a morte de Serjão Hanich (MDB) em abril do ano passado, quem assumiu a vaga foi Inspetor Luz (MDB). O emedebista é um ferrenho crítico e, mais uma vez, foi contrário aos três projetos de lei complementar (PLCs) apreciados na Câmara.
Outro que desembarcou completamente da base foi Cristiano Coller (PTB). Os sinais foram dados no início deste ano. A gota d'água na relação veio quando acabou preterido pelo colega de partido Ito Luciano na definição das comissões parlamentares.
Só que agora esses dois votos podem fazer falta lá na frente. Mantido o resultado desta tarde na votação de segundo turno, esta que ocorrerá na próxima segunda-feira (10), os PLCs passam. Raspando, mas serão aprovados.
O grande drama está no projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal (Pelom). Aqui serão necessários dez votos. E se reprovado em plenário, o Pelom rejeitado inviabiliza o restante da reforma da previdência. O resumo da ópera é que todo o esforço e energia gastos para a aprovação de parte da reforma pode não valer de nada.
Não sei qual, mas o Executivo ainda terá tempo para tirar um coelho da cartola. Já a oposição e os sindicatos jogam todas as fichas aí. A resposta efetiva começará a ser escrita para esse nó somente no dia 17 de abril, mas o ponto final sairá só em 3 de maio. Há mais um mês pela frente de muita negociação.
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