Coisas estranhas! Ou nem tanto?

Pois eu, ultimamente, ando meio cabreiro. Não sei se os acontecimentos são estranhos ou não me reciclei para entender as coisas que acontecem. Os cidadãos norte-americanos acabaram de eleger o republicano Donald Trump, um senhor nada simpático à primeira e última vista, mas olhando no retrovisor, para quem era fã do separatismo negro e nunca elegeu uma mulher, isto não parece tão estranho.
Aqui no Brasil, estão tentando entender o porquê da avalanche de abstenções. Eu não me preocuparia em gastar dinheiro para descobrir as causas. Bastaria fazer estes eleitores entenderem que este ato é como assinar uma procuração para quem nem conhece. E pior, são pessoas que fazem crer que nos rios vai jorrar mel, a saúde vai ter atendimento domiciliar e o pão cairá do céu.
Não, não é brincadeira. Gosto de lembrar a França, mãe mundial das cabeças mais inteligentes e literatas, por duas vezes quase caiu no canto da sereia , se abstendo maciçamente, Le Pen e depois seus asseclas, pregando que Hitler era santo e os imigrantes eram responsáveis pelas desgraças francesas, classificou-se para o segundo turno. Aí franceses acordaram e correram em massa às urnas no segundo turno e evitaram o pior. Mas onde não há este recurso?
E na aldeia, o que dizer? Passadas as eleições, não haverá feira do livro, nem festa do Papai Noel, alto funcionário público, merecidamente receberia homenagem na Câmara Municipal, não vai recebê-la por problema de agenda? Mas que agenda superaria um troféu do parlamento municipal? É estranho, ou nem tanto...