RECONSTRUÇÃO
Chega de demagogia
Que as façanhas do povo sirvam de modelo às autoridades
Última atualização: 12/06/2024 19:44
Quando as águas começaram a baixar, prometi a mim mesmo que falaria o mínimo das enchentes. Apesar da promessa, não suportei o festival de demagogia de quem deveria trazer soluções. Nasci em Arroio do Meio, um dos municípios mais devastados pelas cheias - três em sete meses. O bairro Navegantes, às margens do rio Taquari, desapareceu. A torrente arrastou residências, lojas e igrejas. O município foi o único que, desde setembro, recebeu casas provisórias do mutirão do Sindicato da Construção Civil do RS. Estado e União construíram zero residências. Os atingidos estão no limite da paciência diante de promessas vazias.
O presidente Lula veio quatro vezes ao Estado. "O que os olhos não veem, o coração não sente", disse no Vale do Taquari, frase pensada pela equipe de marketing do Palácio do Planalto. Em Rui Barbosa, localidade de Arroio do Meio, criticou a burocracia, o que é irônico e sádico: afinal, se a maior autoridade do país não consegue agilizar a construção de casas, o que devemos esperar do futuro desta pobre gente?
Outra infâmia foi olhar para o prefeito Danilo Bruxel e dizer que "até foi bom não termos construído casas no ano passado, porque elas poderiam ter sido levadas pela enchente de maio de 2024". Como assim? As residências que serão erguidas - se forem! - não dispõem de um mínimo de planejamento, sequer da localização longe do rio?
Graças à iniciativa de alguns empresários do Vale do Taquari, a histórica ponte de ferro que liga Arroio do Meio a Lajeado foi erguida em duas semanas e aberta ao tráfego no último sábado. Parafraseando o hino rio-grandense, "que estas façanhas - sim! - sirvam de modelo" às autoridades, é evidente!
O presidente Lula veio quatro vezes ao Estado. "O que os olhos não veem, o coração não sente", disse no Vale do Taquari, frase pensada pela equipe de marketing do Palácio do Planalto. Em Rui Barbosa, localidade de Arroio do Meio, criticou a burocracia, o que é irônico e sádico: afinal, se a maior autoridade do país não consegue agilizar a construção de casas, o que devemos esperar do futuro desta pobre gente?
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O presidente Lula veio quatro vezes ao Estado. "O que os olhos não veem, o coração não sente", disse no Vale do Taquari, frase pensada pela equipe de marketing do Palácio do Planalto. Em Rui Barbosa, localidade de Arroio do Meio, criticou a burocracia, o que é irônico e sádico: afinal, se a maior autoridade do país não consegue agilizar a construção de casas, o que devemos esperar do futuro desta pobre gente?