Carnaval sem moralismos
Última atualização: 25/01/2024 11:07
Chegou o carnaval para afrouxar os moralismos, finalmente. Nosso PaÃs tão colorido, tão variado, tão múltiplo, de tão sedutora pluralidade, necessita ceder e aceitar uma flexibilidade de comportamento e pensamento que denotam capacidade de liberdade. Não como um culto à irresponsabilidade. Isso é reafirmar ao que é conservador que pode estar associado ao que é descuido e maltrato. Refiro-me a "viajar" o carnaval como possibilidade de molejo. Traquejo, sabe? Aquela oportunidade de se perceber com mais liberdade para sentir melhor, se permitir com a leveza necessária para desfrutar.
O filósofo Deleuze vai nos dizer que é na loucura de cada um que reside nosso charme, ou algo mais ou menos assim. O carnaval pode servir para deixar que esse grau de desrazão seja uma espécie de fantasia para imaginar, dançar, relaxar. Ou ainda acentuar, sublimar, brincar, se divertir. Pouca gente aproveita o que a folia destes dias proporciona. E não digo que isso se faz só nos salões, nos bloquinhos ou na avenida.
Esse entusiasmo pode estar também no refúgio, no silêncio, desde que se conceda alguma permissão. Se permitir, talvez essa seja a alegoria. O que é se permitir para ti, neste momento da tua vida? Lembrando que nada disso tem a ver com qualquer tipo de excessos, mas com a possibilidade de fruição da vida. De distender tensões, de ampliar olhares, percepções, sensações. De se absolver. Talvez gozar de prazeres possÃveis. De estar presente naquilo que for fazer, se conectando com o entorno. Em alguns momentos desligando também, se puder ter essa oportunidade. Talvez assim, consigas pensar em dias em que a moral tira férias mas a ética segue na comissão de frente.
O filósofo Deleuze vai nos dizer que é na loucura de cada um que reside nosso charme, ou algo mais ou menos assim. O carnaval pode servir para deixar que esse grau de desrazão seja uma espécie de fantasia para imaginar, dançar, relaxar. Ou ainda acentuar, sublimar, brincar, se divertir. Pouca gente aproveita o que a folia destes dias proporciona. E não digo que isso se faz só nos salões, nos bloquinhos ou na avenida.
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O filósofo Deleuze vai nos dizer que é na loucura de cada um que reside nosso charme, ou algo mais ou menos assim. O carnaval pode servir para deixar que esse grau de desrazão seja uma espécie de fantasia para imaginar, dançar, relaxar. Ou ainda acentuar, sublimar, brincar, se divertir. Pouca gente aproveita o que a folia destes dias proporciona. E não digo que isso se faz só nos salões, nos bloquinhos ou na avenida.