LUTA REGIONAL
BR-116: Primeiro passo para resolver o "trecho da morte" está dado, mas caminhada é longa
Prefeitos, deputados e vereadores da região foram ao Dnit nesta segunda-feira pedir providências para ponto da rodovia onde 11 já morreram desde fevereiro
Última atualização: 25/10/2023 15:37
Começou, enfim, a mobilização para evitar que mais gente morra em acidente de trânsito no chamado "trecho da morte" da BR-116, que vai do entroncamento com a RS-239, em Novo Hamburgo, até o acesso principal a Dois Irmãos. De fevereiro até semana passada já são 11 mortes em um percurso de aproximadamente dez quilômetros.
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É preciso dar um basta nos acidentes que matam e ferem na rodovia e esta segunda-feira (14) ficará marcada pelo início de uma longa caminhada em busca de soluções. É apenas o primeiro passo, que inclusive demorou a ser dado. Sem pressão política e institucional dificilmente algo será feito. Responsável pela BR-116, o Dnit sofre do velho mal de pouco dinheiro para dar conta de tantas demandas.
No Seminário de Mobilidade da Região Metropolitana, que o Grupo Sinos realizou na Unisinos, em março, o Dnit apresentou um pré-projeto de duplicação do trecho Novo Hamburgo-Dois Irmãos. Um pré-projeto, sem qualquer perspectiva de execução. O orçamento estimado em meio bilhão de reais chama atenção e dá uma ideia da complexidade do tema.
É indiscutível que a solução para o "trecho da morte" passa pela duplicação da BR-116, nem que seja até o acesso a Ivoti. Afinal, das 11 mortes deste ano, nove foram "na subida" para a Cidade das Flores. O ponto crítico vai do fim da duplicação até a divisa entre os bairros Rincão Gaúcho (Estância) e Roselândia (Novo Hamburgo).
Até lá, Dnit, Polícia Rodoviária Federal, prefeituras e empresas da região precisam adotar medidas preventivas que vão desde controle mais rigoroso da velocidade até conscientização de motoristas e pedestres. É preciso também melhorar a iluminação e a sinalização do trecho. Se tudo permanecer como está, continuaremos contando mortes na rodovia. E a julgar pela mobilização desta segunda junto ao Dnit, com certeza não é isso que a região quer.
Enquanto obras e melhorias não acontecem, cabe a cada um de nós, motoristas que passam pelo "trecho da morte", redobrar os cuidados e ser mais prudente do que nunca.