MEMÓRIAS

As eternas enchentes

Publicado em: 29/09/2023 07:00
Última atualização: 25/10/2023 16:10

Pois já se tornou uma tradição no nosso estado, as constantes enchentes que levam consigo vidas, sonhos e patrimônios resultantes de anos de trabalhos e sacrifícios. Lembro-me, quando criança, das fortes enchentes de São Leopoldo antes da vinda da Alemanha, de técnicos e tecnologia que trouxeram um novo alento, com o escoamento rápido das águas.

Em nossa Estância Velha estão em minhas retinas, as águas chegando até o estábulo de nossa casa, quando baixavam era nossa alegria, os planchassos de facão nos peixes que ficam "ancorados" na vegetação e taquareiras, inclusive jacarés. Tudo isto terminou com a dragagem do arroio em 1961.

No entanto, nos dias de hoje, assistimos não só no entorno mas em todo estado, as verdadeiras catástrofes após chuvas.

Mas o que me intriga, como leigo no assunto, são as poucas notícias que chegam sobre manutenção, limpeza, dragagem, desassoreamento de nossos arroios e rios e muito menos algum plano para aumentar o calado nos rios maiores que consequentemente são os receptores destas águas todas.

O que será que falta? Tecnologia e verbas, certamente que não, pois assistimos recentemente a duplicação das margens de areia nas praias, numa operação de cinema, ou seja, afundaram o mar e aumentaram a margem, portanto, algo parecido nos arroios e rios não seria apropriado? Ou tais operações são próprias só para turismo e lazer? Talvez assim poderia-se evitar lágrimas de crocodilo sobre as inocentes vítimas.

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