As bancas
Última atualização: 25/01/2024 09:59
Falar o nome Bancas de Novo Hamburgo, para um forasteiro, torna-se estranho. As Bancas, situadas no centro da cidade, trazem referências de histórias e sentimentos. De onde vem e para onde vão estes frequentadores com roupas de apreço e fomes de esperança? Serão passageiros com a necessidade do alimentar-se ou esperançosos que encontram o lugar onde se sentem à vontade?
As Bancas funcionam 24 horas por dia, na espera destes transeuntes vindos não se sabe de onde. Alguns trazem a riqueza de sentimentos e mÃseras moedas em seus bolsos. Outros, numa mudez reveladora, ali encontram amparos para o corpo e a alma.
Pessoas, em suspiros e lamentos buscam guarida embaixo de seu toldo, mesmo que o mormaço os atropele, mas a solidariedade dos olhares os apazigua. Ancorados no balcão, ou sentados em bancos fortes como tempestades, integram-se ao ambiente e o cafezinho, naquele copo de vidro, junto com um pão com nata, queima os dedos e aquece a memória.
No olhar relampejante vespertino observa-se uma humilde senhorinha, comendo uma fatia de torta, tomando um suco, depois de retirar sua aposentadoria no banco, na realização do sonho mensal planejado de passar pelas Bancas, voltar para seu bairro, feliz da vida. Nas madrugadas, onde o vento fustiga os desavisados, jovens fazem uma refeição rápida e saem, vagarosamente, para suas casas.
A vida segue assim nas Bancas: olhares que se cruzam; corpos que se moldam ao ambiente; histórias que nunca serão contadas; confortos para o corpo e a alma; lugar onde todos são bem-vindos. E elas continuam ali, impávidas, esperando os que aceitam a vida como se apresenta.
As Bancas funcionam 24 horas por dia, na espera destes transeuntes vindos não se sabe de onde. Alguns trazem a riqueza de sentimentos e mÃseras moedas em seus bolsos. Outros, numa mudez reveladora, ali encontram amparos para o corpo e a alma.
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As Bancas funcionam 24 horas por dia, na espera destes transeuntes vindos não se sabe de onde. Alguns trazem a riqueza de sentimentos e mÃseras moedas em seus bolsos. Outros, numa mudez reveladora, ali encontram amparos para o corpo e a alma.