FALTA ENERGIA
Aprendi que fósforos, lanterna e velas são ainda úteis
Tenho vizinhos na minha rua que ainda estão sem energia, completando mais de 120 horas de escuridão
Fui um dos números da CEEE-Equatorial. O temporal da última terça foi devastador em Porto Alegre. Árvores arrancadas com suas raízes, postes de concreto quebrados ao meio, galhos arremessados para todos os lados.
Fiquei sem energia da terça à noite até a sexta. O retorno foi entre vindas e idas e sábado melhorou.
Tenho vizinhos na minha rua que ainda estão sem energia, completando mais de 120 horas de escuridão. Imaginem eles com crianças e suas geladeiras.
Moro no quarto andar, na altura é o sexto. Luz de emergência se foi e circular pelas escadas era tarefa árdua. Levando a tiracolo bolsa, computador, material de trabalho, um par de saltos porque calçava tênis e trocava no carro.
A falta de energia trouxe a falta de água e Internet. Vindo à Novo Hamburgo carregava tudo que podia para me manter até o outro dia.
A noite cai pelas 20 horas e a partir daí fica complicado o quesito entretenimento. Nem sempre o sono aparece e a distração era a luz de velas jogar paciência com cartas de verdade e ficar olhando da janela com a esperança do seu surgimento como milagre.
Aprendi que fósforos, lanterna e velas são ainda úteis.
Teve o famoso banho de balde e caneca. Quem nunca passou por isso, atire o primeiro sabonete, pois a outra opção era o gelado. Não sou o Frejat do Barão Vermelho que "por você tomaria banho gelado...". Nem por mim faço isso.
A experiência difícil de alguns dias traz a reflexão de quem passa por isso sempre ou nem mesmo possui o mínimo de condições para viver.
Fiquei sem energia da terça à noite até a sexta. O retorno foi entre vindas e idas e sábado melhorou.
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Fiquei sem energia da terça à noite até a sexta. O retorno foi entre vindas e idas e sábado melhorou.