HISTÓRIAS
Ana e Henrique e os tempos modernos
Às vezes o feitiço vira contra o feiticeiro
Última atualização: 02/09/2024 22:05
Henrique VIII casou-se com Catarina de Aragão. Ela antes contraiu matrimônio com Arthur, irmão mais velho. A aliança foi formada quando Arthur tinha 11 anos de idade. Arthur morreu subitamente e Catarina dizia que o casamento não foi consumado. Ficou conhecida como a viúva virgem.
O trono foi para Henrique, que manteve a aliança com a Espanha, casando-se com Catarina.
Lá pelas tantas Henrique conheceu Ana Bolena e quis tê-la como sua amante. Ana se recusou dizendo que só se fossem casados.
Criou-se um problema para Henrique, afinal, Catarina tinha o apoio do papa. Encurtando a história, Henrique deu seu jeito e se nomeou além de rei, o supremo da Igreja.
Rompeu com a Igreja Católica, fundou a Igreja Anglicana, promoveu o julgamento de Catarina sentenciado o divórcio. Ana não calculou o risco, Henrique conforme seus novos amores divorciava-se tantas vezes quanto quisesse. Moral da história, o feitiço virou contra o feiticeiro.
A história é atual para nossos tempos. Não defender nossas garantias ou achar que atos abusivos em decisões monocráticas de tribunais superiores não são importantes, pode ser arriscado.
Defender o devido processo legal, as garantias fundamentais não são gracinhas para retórica e prejudicar 22 milhões de usuários de uma plataforma, em detrimento a uma pessoa talvez não seja o mais adequado quando existe um colegiado com mais dez ministros que deveriam se envolver.
Há quem pense que no dia a dia pequenas mordaças não fazem diferença. Acho que Ana pensava assim.
O trono foi para Henrique, que manteve a aliança com a Espanha, casando-se com Catarina.
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O trono foi para Henrique, que manteve a aliança com a Espanha, casando-se com Catarina.