PERDÃO MÚTUO
Afinal, quantas vezes devemos perdoar?
Última atualização: 25/10/2023 15:57
Em situações de catástrofes, pensamos em coisas mais sérias. Um assunto que sempre nos ocorre é a questão desafiadora do perdão mútuo. Já no Antigo Testamento, assim está no Eclesiástico: "O rancor e a raiva são coisas detestáveis; até o pecador procura dominá-las. Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor, que pedirá contas severas de seus pecados. Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim quando orares, teus pecados serão perdoados" (Eclo 27,33-28,2). Era o povo de Deus que fazia um paralelo entre o perdão mútuo, com o perdão que sempre de novo precisamos de nosso Deus.
No Novo Testamento, este tema entrou na oração que Jesus ensinou aos apóstolos: "Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam". Foi diante desta afirmação que Pedro faz a pergunta no evangelho deste domingo: "Senhor quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" (Mt 18,21). Jesus conta ainda toda uma parábola, para mostrar como é grave esta afirmação que sempre repetimos no Pai-Nosso: "Perdoai-nos assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam". Se queremos o perdão de Deus, precisamos também perdoar. Perdoar, de verdade, torna-nos sempre mais livres.
Eis a questão responsável pela grande quantidade de casais que se separaram durante a pandemia. Nós sabemos que sempre acontecem os desentendimentos e discussões. Quando somos capazes de nos perdoar, superamos tudo isto e podemos olhar uns para os outros, reconhecendo que somos da mesma família, onde todos se querem bem e se tratam como irmãos.
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