Adequada visão da realidade
Última atualização: 18/01/2024 10:18
A notícia que nos deu manchete nos últimos dias incomoda bastante. Não foi bom ficar sabendo que o Ministro dos Transportes, Renan Filho, ao anunciar as obras federais dos primeiros cem dias de gestão, não referiu nem fez qualquer alusão à esperada finalização das pontes sobre o Rio dos Sinos, muito menos ao indispensável viaduto da Scharlau, hoje uma indiscutível necessidade. Só haverá sentido que sejam providenciadas de forma complementar as obras agora sonegadas. De nada adianta cruzar o Sinos livremente e logo adiante ingressar em uma área congestionada e invencível.
Pois, se podemos festejar os projetos anunciados para o Sul, como a duplicação a ser realizada em Camaquã, devemos lastimar a omissão quanto às intervenções pensadas para o trecho da Scharlau. E está difícil avançar nisso, seja pela União, seja pelo Estado, que teve sua proposta de financiamento recusada pela Assembleia Legislativa.
Pelo menos por cem dias teremos que esperar por um novo anúncio governamental. Há uma cobrança no ar, ao prefeito Ary Vanazzi, de São Leopoldo, que, por ser do PT, talvez pudesse exercer alguma influência junto ao ministro Renan Filho e com isso houvesse chance de uma alteração nos planos anunciados pelo governo federal. Vanazzi vê como positivo o fato de "já se apresentar um plano para as rodovias em todo o Brasil, com o Rio Grande do Sul incluído".
Otimismo exagerado, ou visão realista dos acontecimentos? Penso na hipótese de uma visão adequada. O governo apenas anunciou o que vem por aí nos próximos cem dias e não quis dizer que tudo o que tem a realizar sejam apenas as obras já confirmadas.
Temos que seguir pleiteando o que trará benefícios e adequação federal aos planos regionais, como é o caso da extensão da BR-448. No trecho de Porto Alegre a Canoas haverá providências, por conta da concessionária CCR Via Sul. Para que seja possível chegar mais longe pela Rodovia do Parque, outros passos deverão ser dados. Sobre todas essas situações, que tenhamos calma e paciência, com certeza, mas também sejamos firmes nas reivindicações e cobranças.
Como afirmou o titular do Ministério dos Transportes, vivemos em um quadro preocupante de insegurança em nossas rodovias, cenário de mais de 30 mil mortes em 2022. Renan Filho assegura querer liderar projetos e obras que contribuam com a mudança do quadro descrito, pretendendo chegar a uma redução na acidentalidade, "com a chance de reduzirmos as ocorrências e salvarmos 86 mil vidas até 2028". Sem alarmismos, vendo a realidade como ela é, chegaremos lá.
Pois, se podemos festejar os projetos anunciados para o Sul, como a duplicação a ser realizada em Camaquã, devemos lastimar a omissão quanto às intervenções pensadas para o trecho da Scharlau. E está difícil avançar nisso, seja pela União, seja pelo Estado, que teve sua proposta de financiamento recusada pela Assembleia Legislativa.
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Pois, se podemos festejar os projetos anunciados para o Sul, como a duplicação a ser realizada em Camaquã, devemos lastimar a omissão quanto às intervenções pensadas para o trecho da Scharlau. E está difícil avançar nisso, seja pela União, seja pelo Estado, que teve sua proposta de financiamento recusada pela Assembleia Legislativa.