A tia chata
Última atualização: 25/01/2024 15:02
Em mais de 40 anos de jornalismo convivi com muitas autoridades e fui comandado por inúmeros chefes. Hoje sou gestor de grupo de pessoas de quem preciso estabelecer e cobrar metas, controlar horários e atribuir frequência. Tenho a responsabilidade de conduzir estagiários, uma atividade gratificante. Permite passar parte da minha experiência e aprender a cada dia, ter visão diversa da minha.
Na apresentação enfatizei que aprendi muito com "chefes ruins". Perdi a conta de superiores sem a mÃnima noção de liderança, solidariedade, paciência, bom senso. Como assessor de autoridades dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário -, aprendi que um dos defeitos recorrentes de chefias é a resistência em conviver com assessores sinceros. Em polÃtica, mas também em outros ambientes, é raro que lÃderes dialoguem com subordinados sinceros. Isso quase sempre resulta em carreiras abreviadas pela proliferação de bajuladores.
Os "puxa-sacos" só pensam em manter o emprego. Fazem de tudo para garantir o contracheque e até "puxam o tapete" de colegas. Sinceridade é como remédio: usa-se com parcimônia. Exige observar regras como escolher hora e local para "dizer as verdades". Do contrário, ocorre o "sincericÃdio". A verdade fora de hora gera constrangimento e coloca em xeque a autoridade do superior.
É difÃcil admitir que a hipocrisia viabiliza a convivência social. Afinal, desde pequenos somos ensinados a falar a verdade. Até a chegada daquela tia chata que nossas mães tanto criticam.
Na apresentação enfatizei que aprendi muito com "chefes ruins". Perdi a conta de superiores sem a mÃnima noção de liderança, solidariedade, paciência, bom senso. Como assessor de autoridades dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário -, aprendi que um dos defeitos recorrentes de chefias é a resistência em conviver com assessores sinceros. Em polÃtica, mas também em outros ambientes, é raro que lÃderes dialoguem com subordinados sinceros. Isso quase sempre resulta em carreiras abreviadas pela proliferação de bajuladores.
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Na apresentação enfatizei que aprendi muito com "chefes ruins". Perdi a conta de superiores sem a mÃnima noção de liderança, solidariedade, paciência, bom senso. Como assessor de autoridades dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário -, aprendi que um dos defeitos recorrentes de chefias é a resistência em conviver com assessores sinceros. Em polÃtica, mas também em outros ambientes, é raro que lÃderes dialoguem com subordinados sinceros. Isso quase sempre resulta em carreiras abreviadas pela proliferação de bajuladores.