COSTUMES
A praia no passado e hoje
Pois se tem algo milenar, é a ida das pessoas para veranear no litoral
Última atualização: 28/02/2024 08:25
Pois se tem algo milenar, é a ida das pessoas para veranear no litoral. Eu tinha tios-avós, que faziam este périplo a cavalo, munidos de comida, pelegos e demais apetrechos para vencer a longa distância em meio a mata e lindas figueiras em Santo Antônio. Segundo eles, era para buscar energias no mar salgado.
Quando criança, nas visitas, era uma alegria pôr no ouvido uma concha de mais de um palmo, pois lá dentro ouvia-se o "ruído das ondas" segundo ensinavam.
Mas o que certamente eles não imaginavam, que nossa orla seria contemplada com estrutura de acesso e surgiriam várias cidades litorâneas e o começo daquilo que estamos assistindo: cobrança de elevados impostos e mínimo retorno ao contribuinte.
Eu particularmente há muitos anos, escolhi Tramandaí. Incrível pelo que se sabe que arrecada, devolve ao contribuinte, um mínimo. Excluindo a bela "vestimenta" na beira do mar, ruas imundas e alagadas forçando os comerciantes a disponibilizar pinguelas (com corrimão) para seus clientes poderem acessar o recinto e a Corsan, para não ficar para trás na imobilidade, planeja o tratamento do esgoto há décadas
Um amigo se atreveu a buscar seu carnê de IPTU no paço municipal pois eletronicamente só estaria disponível com o número da matrícula. Lá bastou o CPF, duas horas de espera e o banheiro com informação de interditado. Na volta, engarrafamento, era sexta-feira, dia de pintar as faixas de segurança.
Isto tudo me remete novamente aos antigos, como meu pai, que ensinava: observa o pátio, a ferramenta e a casa, ali está o retrato do dono.
Quando criança, nas visitas, era uma alegria pôr no ouvido uma concha de mais de um palmo, pois lá dentro ouvia-se o "ruído das ondas" segundo ensinavam.
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Quando criança, nas visitas, era uma alegria pôr no ouvido uma concha de mais de um palmo, pois lá dentro ouvia-se o "ruído das ondas" segundo ensinavam.