Opinião
A pior seleção da história?
A decepção brasileira com sua seleção masculina de futebol só cresce
Última atualização: 15/09/2024 16:20
Jogadores milionários, enfastiados, sem inspiração... É mais ou menos assim (e até para pior, para alguns) que a seleção brasileira masculina de futebol é vista nos últimos tempos.
Números apontam que esta já é uma das piores seleções brasileiras de todos os tempos - pelos menos dos últimos tempos - levando em conta seu fraco desempenhos nas Eliminatórias. O fruto de uma Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que nas últimas décadas viveu acusações de corrupção (passando por uma Copa do Mundo no Brasil cercada de negociações nebulosas que incluíram empreiteiras e governo federal), de presidentes derrubados e de presidente que esperava ingenuamente um técnico estrangeiro aceitar contrato com a CBF e acabou esnobado.
Mas, voltando ao futebol, é duro ver os jogadores da seleção perdidos, caminhando muitas vezes em campo, e sem aquela garra que todos esperam de quem veste a camiseta mais famosa do futebol mundial.
E todos estes atletas sob o comando de um técnico que, apesar de ser bom, ser um cara que dá duro, parece igualmente perdido. Na entrevista antes da derrota para o Paraguai por 1 a 0, pelas Eliminatórias, Dorival Jr. chegou a dizer para que o torcedor acredite que o Brasil estará na decisão da Copa do Mundo. "Podem esperar que estaremos na final da Copa do Mundo, podem me cobrar". É algo que beira o delírio no atual momento.
Nem Felipão, em 2002, com Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho ( olha só os nomes) e Cia, chegou a prometer isso. Na época disse que colocaria a seleção entre os quatro melhores. Cumpriu. E até acabou campeão, conquistando o nosso penta que já está há 22 anos de distância no tempo.
Vini Jr. (curioso que seleção tenha tantos 'juniors" em destaque - é Dorival Jr. , Vini Jr., Neymar Jr.) , hoje candidato a ser melhor do mundo, com todo respeito, ainda não se compara a Neymar, que convenhamos, não chega aos pés de Ronaldinho, Ronaldo, Romário e outros eRres mais que marcaram a seleção, isso sem falar em Pês e Zês.
Se Vini ganhar o título de melhor do mundo, vai ser um dos mais fracos de todos os nomes que já foram premiados nos últimos tempos, não tendo sequer chance de comparação com um Messi ou um Cristiano Ronaldo.
Aliás, a escolha do atual "melhor do mundo" (que tem caras como Rodri ou Bellingham e Carvajal) é abaixo do que classificamos de craque. Mbappé é o que hoje se coloca acima. Mas, os outros, no máximo são jogadores diferenciados. Afinal, convenhamos, craque é o que faz um Messi ou um Ronaldinho, ou, mais longe, um Maradona e o incomparável Pelé.
Seja como for , nossa seleção vive esta realidade de jogadores ditos craques, como Rodrygo e Paquetá, que, com muita vontade, só pegariam o banco de seleções como a de 1994 e 2002 - no caso das seleções de 1970 e 58 nem teria como se comparar. Aliás, seriam banco de seleções não campeãs como as de 1978, 1982, 98 e 2006, por exemplo.
E, com todo respeito, Danilo como capitão da seleção é um símbolo desta fase decepcionante. Ele luta por vaga até no time titular no qual joga na Itália. Gente boa, ótima cabeça, mas é preciso mais. Mais atitude, mais futebol, um capitão capaz de cobrar e mexer com os ânimos dos seus colegas. Só ser o "mais velho" não adianta.
Cada vez mais decepcionante ao torcedor, a seleção gera um sentimento de desânimo pela sua falta de combatividade e desorganização.
Não há alegria em ver o Brasil jogar, só a quase certeza da decepção.
O técnico Dorival Jr, além de ter que cumprir a promessa de ir a final a Copa (e, sinceramente, era o que a gente mais queria, mas acreditar nisso é mais que difícil), terá que mostrar algo mais para conseguir ficar no cargo até a Copa.
Alguém vai dizer: "calma, este trabalho tem poucos meses, está 'só no começo'..." E este é um outro problema: desde a saída de Tite vivemos um recomeço atrás do outro sem um sinal de consistência.
A seleção desencanta. Faltando ainda 10 jogos para o fim das Eliminatórias, essa já é uma das piores campanhas pelo fato de ter pedido a metade dos jogos que disputou: são 4 derrotas em 8 jogos (só não é pior, ainda, do que, curiosamente, as Eliminatórias de 2002, quando a seleção perdeu seis vezes em meio a trocas de técnicos).
Aos supersticiosos fica a esperança de que, para chegar a este título do penta, em 2002, a seleção teve três técnicos diferentes. Nesta jornada à Copa de 2026 já estamos no segundo... Seria até o terceiro, se, além de contar Diniz (que foi interino por seis jogos) se colocasse o Ramon Menezes (da seleção de base) que foi técnico "tampão" por 3 jogos.
Mas, seja como for, a seleção perdeu o brilho, assim como seus jogadores.
Já aconteceu outras vezes, mas nada se compara à atual fase de um triste futebol que cada vez mais afasta o torcedor. Aliás, os jogadores parecem afastados daquele gosto de vestir a amarelinha.
A gente torce para que isso mude. E que o título de pior seleção da história fique só no alto deste artigo.
Números apontam que esta já é uma das piores seleções brasileiras de todos os tempos - pelos menos dos últimos tempos - levando em conta seu fraco desempenhos nas Eliminatórias. O fruto de uma Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que nas últimas décadas viveu acusações de corrupção (passando por uma Copa do Mundo no Brasil cercada de negociações nebulosas que incluíram empreiteiras e governo federal), de presidentes derrubados e de presidente que esperava ingenuamente um técnico estrangeiro aceitar contrato com a CBF e acabou esnobado.
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Números apontam que esta já é uma das piores seleções brasileiras de todos os tempos - pelos menos dos últimos tempos - levando em conta seu fraco desempenhos nas Eliminatórias. O fruto de uma Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que nas últimas décadas viveu acusações de corrupção (passando por uma Copa do Mundo no Brasil cercada de negociações nebulosas que incluíram empreiteiras e governo federal), de presidentes derrubados e de presidente que esperava ingenuamente um técnico estrangeiro aceitar contrato com a CBF e acabou esnobado.