BICENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ
A jornada dos imigrantes
Uma viagem de travessia do Atlântico, no início do século 19, durava três meses, quando tudo ia bem
Última atualização: 16/08/2024 11:56
Os imigrantes alemães, em sua maioria, despediram-se para sempre de sua terra natal para buscar, em outros continentes, uma vida melhor. A maioria buscou uma nova realidade em função da pobreza extrema e de outros fatores que, aliados a ela, empurraram essa gente a uma decisão sem volta pela sobrevivência e por melhores oportunidades.
Despedir-se de amigos, irmãos, pais para se lançar numa viagem longa e extremamente arriscada, em tempos quando o contato não era imediato e não estava na palma da mão, gerava a probabilidade de nunca mais terem notícias uns dos outros.
Uma viagem de travessia do Atlântico, no início do século 19, da Europa ao Brasil, durava, em média, três meses, quando tudo ia bem. Os navios eram propulsionados a vela e as suas estruturas extremamente frágeis para suportar a força das ondas. O espaço apertado, a alimentação inadequada e a higiene extremamente precária levavam muitos à morte durante a viagem. Nesse caso, os corpos eram lançados ao mar. Uma tristeza dupla, considerando a moral da época: a morte e a ausência de sepultura.
Houve imigrantes que levaram dois anos, de 1827 a 1829, para chegarem à Colônia de São Leopoldo, considerada o berço da imigração alemã no Brasil.
Sugiro aos interessados a leitura do livro Desvendando um mito: a lenda do veleiro Cäcilia, do arroiomeiense Décio Aloisio Schauren e do alemão Friedrich Hüttenberger, que relatam a história de um grupo significativo de imigrantes e lançam um novo olhar sobre o mito de fundação de outra localidade fundamental na imigração alemã: a Baumschneis - Dois Irmãos.
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