REFLEXÃO
A epifania e os impérios
O desejo humano de dominar os outros sempre marcou a história com atrocidades
Última atualização: 14/01/2025 20:38
O desejo humano de dominar os outros sempre marcou a história com atrocidades. Por isto os impérios, povos de diferentes etnias e culturas subjugados por um único governo através da força, violência e massacre. Os impérios atuais utilizam a sutileza de outras armas, a exemplo do poder econômico e tecnológico. Mas, com o avanço do sofisticado poder bélico, ressurge no século 21 o eminente perigo dos senhores da guerra com respeito a este desvairado desejo de expandir as fronteiras territoriais.
A abominável cobiça foi logo advertida na afamada Torre de Babel. "Assim, o Senhor os espalhou pelo mundo inteiro", narra Gênesis. Mas, a utopia da ostentação continuou erguendo torres e mais torres, que cedo ou tarde desmoronaram. No meio disto, violência, crueldade e carnificina. A estrutura humana do próprio cristianismo seguiu pelo violento caminho do poder e marcou seu território com as Cruzadas. Hoje, a teologia do domínio, filha da teologia da prosperidade, entra nesse mesmo elevador.
Por isto, quando o nome de Deus é tomado em vão para justificar o domínio, as contundentes palavras de Cristo ainda ecoam: "Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe". Não a morte numa cruz, mas o martírio do imperadorzinho dentro de cada um - este senhor que subjuga e invade o território dos outros.
Os pregos e o martelo estão à disposição. Não é fácil. Mas Cristo foi ainda mais incisivo: "O que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a vida verdadeira?"
A vida verdadeira, por incrível que pareça, permanece na epifania de um rei que virou servo.
A abominável cobiça foi logo advertida na afamada Torre de Babel. "Assim, o Senhor os espalhou pelo mundo inteiro", narra Gênesis. Mas, a utopia da ostentação continuou erguendo torres e mais torres, que cedo ou tarde desmoronaram. No meio disto, violência, crueldade e carnificina. A estrutura humana do próprio cristianismo seguiu pelo violento caminho do poder e marcou seu território com as Cruzadas. Hoje, a teologia do domínio, filha da teologia da prosperidade, entra nesse mesmo elevador.
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A abominável cobiça foi logo advertida na afamada Torre de Babel. "Assim, o Senhor os espalhou pelo mundo inteiro", narra Gênesis. Mas, a utopia da ostentação continuou erguendo torres e mais torres, que cedo ou tarde desmoronaram. No meio disto, violência, crueldade e carnificina. A estrutura humana do próprio cristianismo seguiu pelo violento caminho do poder e marcou seu território com as Cruzadas. Hoje, a teologia do domínio, filha da teologia da prosperidade, entra nesse mesmo elevador.