O luto está presente inevitavelmente na existência humana. Ele é um rompimento do vínculo com uma pessoa querida e causa uma dor insuportável.
Ademais, o luto é marcado por uma carga de sofrimento que atinge apenas quem perdeu alguém próximo e sabe o estrago emocional e físico de sua perda.
Essa perda se caracteriza pela tristeza, frustração e solidão, se misturando numa coisa só: a incompreensão da morte. Também não há como mensurar a dor, porque é impossível comparar uma perda com outra.
Para Freud, no luto, nada existe de inconsciente a respeito da perda, pois o enlutado sabe o que perdeu. Mas é um processo lento, que gera desinteresse do sujeito pelo mundo, tornando-o incapaz de substituir a sua perda por um novo objeto de amor.
Os teóricos mapearam as fases mais comuns do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Porém, elas não são lineares, visto que cada um tem a sua maneira de lidar com o luto.
Desse modo, não podemos afirmar quanto tempo dura um luto. E temos um grupo de enlutados que após um período apresentam sintomas que evoluem para a depressão.
Então, é desaconselhável tomar decisões importantes nas fases do luto, uma vez que envolve questões emocionais, cognitivas e sociais. Todavia, a superação do luto ocorre gradualmente, onde a vida volta a se organizar.
Por isso, precisamos acolher os enlutados para não se sentirem sozinhos. Contudo, quando a dor for insuportável é preciso buscar ajuda terapêutica. Uma dica: assista o filme Um Lugar na Netflix.
*Sociólogo, psicanalista e escritor
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