COMPORTAMENTO
A ditadura do fazer
A pressa domina o nosso cotidiano
Última atualização: 31/07/2024 21:56
O Papa Francisco durante a oração mariana, em 21 de julho, nos alertou para estarmos atentos à "ditadura do fazer", porque vivemos em uma sociedade prisioneira da pressa e do ativismo.
Isso significa que a pressa domina o nosso cotidiano, impondo um ritmo acelerado, que aumenta a nossa agitação interior. A ditadura do fazer nos pressiona a realizar as tarefas básicas com rapidez, tais como: falar, comer, caminhar, estudar e trabalhar.
Ademais, estamos expostos à velocidade estonteante da TV e dos algoritmos das mídias sociais, que passam pelo nosso córtex cerebral em milésimos de segundos transmitindo conteúdos inúteis à vida.
Desse modo, os coaches motivacionais se aproveitam da situação para transformar o nosso dia a dia numa corrida sem fim na busca do sucesso, do retorno financeiro e do status social. É uma afobação que empurra as pessoas para um quadro clínico de estresse e depressão, que pode estar associado à nomofobia.
Esse corre-corre dos adultos também atinge as crianças. Elas têm o seu tempo biológico e lúdico interrompido, onde são conduzidas a adaptar-se à ditadura do fazer da família e da sociedade.
Para o Papa Francisco "tais comportamentos impostos pela sociedade e pelo trabalho nos deixam agitados e assim perdemos de vista o essencial, arriscando esgotar nossas energias e cair no cansaço do corpo e do espírito."
Portanto, o Evangelho nos ensina que o descanso e a compaixão estão interligados, mas só quando aprendemos a descansar podemos ter compaixão de nós e dos outros.
Leia mais artigos de Jackson Buonocore, sociólogo, psicanalista e escritor
Isso significa que a pressa domina o nosso cotidiano, impondo um ritmo acelerado, que aumenta a nossa agitação interior. A ditadura do fazer nos pressiona a realizar as tarefas básicas com rapidez, tais como: falar, comer, caminhar, estudar e trabalhar.
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Isso significa que a pressa domina o nosso cotidiano, impondo um ritmo acelerado, que aumenta a nossa agitação interior. A ditadura do fazer nos pressiona a realizar as tarefas básicas com rapidez, tais como: falar, comer, caminhar, estudar e trabalhar.