Engana-se quem insiste em associar a atividade advocatícia à monótona rotina de quem faz todo dia tudo sempre igual. O estereótipo da imagem antiquada do(a) advogado(a) enclausurado(a) em seu escritório, debruçado(a) sobre pilhas de papel, é de pronto substituído pela certeza de que sua realidade profissional é muito mais dinâmica e envolvente do que se supõe.
A advocacia é marcada pela diversidade de seus desafios e pela dinamicidade de suas tarefas. Sua natureza multifacetada vai além das divisões temáticas das especialidades jurídicas, o que exige do(a) advogado(a) não apenas o domínio da área de atuação específica, mas também soft skills como habilidades interpessoais, comunicativas e de resolução de problemas.
Hoje, o papel da advocacia é ainda mais crucial na administração da justiça, na proteção dos direitos fundamentais, na solução de conflitos e na procedimentalização estratégica de um sem-número de esferas da vida em sociedade que comportam sua atuação.
Um exemplo está no mundo dos negócios, onde se destaca o advogado(a) business-oriented, profissional que surge para se tornar um parceiro estratégico nas empresas, compreendendo profundamente as complexas dinâmicas negociais, que são fortemente impactadas pelos avanços tecnológicos.
Sua função, que é de aconselhamento, o torna um agente do negócio que apoia o crescimento da empresa como um todo. Assim, os profissionais auxiliam na identificação e no gerenciamento de riscos jurídicos, como implicações trabalhistas, administrativas, tributárias e ambientais.
Ao levar-se em conta os riscos potenciais das diferentes estratégias de negócio, o business-oriented subsidia e protege juridicamente a empresa, evitando problemas legais futuros, protegendo sua reputação, antecipando situações que possam impactar o negócio, garantindo que questões legais sejam respeitadas e que os contratos e acordos sejam bem elaborados.
Além de ser indispensável à administração da justiça, como impõe a Constituição, o(a) advogado(a) também o é a uma série de atividades que exige pensar o Direito para além de suas próprias trincheiras. A riqueza de possibilidades e a relevância da atividade advocatícia, que de monótona nada tem, devem ser celebradas por todos.
*Professor e coordenador do bacharelado em Direito da UniRitter
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