Realizado na noite de terça-feira (24), na sede do Grupo Sinos, em Novo Hamburgo, o segundo encontro de formação do Jornal na Sala de Aula (JNSA) abordou o tema Inteligência Artificial (IA) na Educação – Utilizando a tecnologia como aliada no aprendizado. O palestrante, professor e coordenador de Inovação, Tecnologia e Robótica do Colégio Sinodal, Jorge Jardim, trouxe o questionamento se a Inteligência Artificial (IA) está destruindo ou moldando o futuro, a importância de saber utilizar a IA e como ela está inserida hoje em diversas esferas.
Embora o tema ainda gere dúvidas e preocupações, Jardim afirma que a IA deve ser utilizada para auxiliar em diferentes áreas. “Por mais que eu seja favorável, a inteligência artificial está impactando a educação”, avalia. Hoje, muitos estudantes já são adeptos de ferramentas como o ChatGPT, sendo difícil descobrir se um trabalho foi feito com o uso de IA: “O ChatGPT já é uma realidade, e quem não está usando, está atrasado. Existe um conflito que os alunos não têm maturidade para usá-lo e nós, professores, não temos o direito de tirar isso deles. Mas, não podemos lutar contra a IA, temos que aprender a usá-la da melhor forma.” Jardim ainda destaca que, no futuro, saber usar a IA será um grande diferencial. Por isso, se faz necessário que o tema seja debatido em sala de aula.
Bons exemplos do uso da IA
Ainda que as ferramentas de IA sejam usadas de formas variadas – positivas e negativas –, o tema necessita de debates e compreensão. Ao mesmo tempo que a França nomeou a primeira Ministra da Inteligência Artificial, a Alemanha proíbe o uso do ChatGPT. “Proibir é promover muito o atraso em algumas áreas”, pontua Jardim.
Em um encontro dinâmico e interativo com o público, Jardim mostrou exemplos de como a IA está cada dia mais presente no dia a dia, em áreas variadas, como robôs humanóides que realizam tarefas com eficiência, otimização no manejo de pragas em plantações, casos em estudos que prometem revolucionar a saúde.
O encontro contou com a presença de educadores de várias cidades da região, como Maria Cristina Franzen, professora de português na EMEF Cônego Alberto Schwade, de Feliz, que já trabalha com atividades do JNSA em suas aulas. “Vim pelo tema, que ainda nos causa estranheza e para saber como levar a IA para a sala de aula de um jeito bom. A abordagem foi excelente”, afirma. Com atuação junto aos alunos do 6º e 9º ano, Maria reconhece a importância de compreender as ferramentas e suas possibilidades para agregar aos conhecimentos em aula. “Minha intenção é levar o tema para os alunos para ajudar nos estudos. O importante é saber o que os alunos estão fazendo e usando, as ferramentas não podem ser vilãs.” A segunda edição do JNSA contou com um momento de confraternização e coffee break antes do início do evento, oferecido pelo Ofersul.
Projeto JNSA
Semanalmente, professores recebem o JNSA com conteúdos pedagógicos, e os encontros de formação são parte das atividades realizadas pelo projeto, criado em 2010 pelo Grupo Sinos. Com a finalidade de estimular o interesse dos alunos pela leitura, e contribuir para melhorar a educação e a cidadania, o JNSA possibilita que os professores levem para debate em sala de aula temas importantes que estão na pauta atual. Desde sua criação, o projeto já chegou a mais de 270 mil alunos. Ainda sem data definida, há previsão que antes do fim do ano ocorra a terceira edição do Jornal na Sala de Aula.
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