O Halloween ou Dia das Bruxas, comemorado em 31 de outubro, não é uma tradição brasileira, mas anda se alastrando no País por conta do cinema, da televisão e também dos cursinhos de inglês.
Além dos aspectos mais famosos da festa norte-americana, como as fantasias e o famoso “gostosuras ou travessuras” (“treat or trick”), tem algumas histórias curiosas ligadas à festa. Uma das mais interessantes diz respeito a um dos ícones da festividade, a abóbora esculpida com uma careta. Trata-se do jack-o-lantern.
Foto: Adobe Stock
Como costuma acontecer no folclore, ninguém tem muita certeza sobre as origens históricas de determinadas celebrações.
O próprio Halloween seria uma transposição moderna de antigos festivais celtas, mais provavelmente o samhain, que marcava a virada do ano e também seria o dia em que os mortos vêm visitar a Terra e os espíritos dos que morreram vão para o outro mundo. É uma das bases, ainda hoje, do Dia de Los Muertos mexicano. O jack-o-lantern também tem a ver com uma lenda antiga.
A lenda de Jack-o-Lantern
Jack-o-Lantern, ou Jack da Lanterna, é uma figura do folclore irlandês. Ele começou como Stingy Jack (Jack Miserável), o bêbado de um pequeno vilarejo irlandês. A lenda conta como o diabo, sabendo da má reputação de Jack, tentou buscar sua alma e levá-lo para o Inferno.
Mas Jack foi mais esperto e pediu que o demo, antes de levá-lo, pegasse uma maçã para ele na copa de uma árvore. Quando o demônio subiu, Jack entalhou uma cruz no tronco. Com isso, o diabo ficou preso no alto e não podia descer.
O diabo implorou a Jack que o deixasse sair da árvore. O bêbado concordou em fazer isso só depois que o demônio prometeu que nunca o levaria para o Inferno. Anos depois, quando Jack morreu, São Pedro não o deixou entrar no céu, porque Jack tinha negociado com o diabo. E para o inferno ele não pôde ir, por causa do acordo com o próprio demo.
No inferno, Jack ganhou uma lanterna feita com um nabo para achar seu caminho de volta. Ele passou a percorrer as noites com a lanterna. Os moradores irlandeses esculpiam caretas nos nabos para afastá-lo. Com a imigração para os Estados Unidos, a tradição dos nabos passou para as abóboras, que são nativas das Américas.
Esta versão da lenda está, inclusive, registrada na Enciclopédia Britânica.
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