O dia que era para ter sido marcado exclusivamente por risadas, brincadeiras, bons momentos e memórias felizes entre amigos, terminou em tragédia. Cristian Molnar, 25 anos, Bianca Doros, 23 e Patrizia Cormos, 20, passavam a tarde juntos na cidade de Fiuli-Venezia Giulia, próxima de Udine, no Norte da Itália.
O trio foi surpreendido pela chuva e uma enxurrada que atingiu a região do Rio Natiosine. Conforme o jornal italiano Corriere Della Sera, o pesadelo começou às 13h29 da última sexta-feira (31). Esse foi o horário da primeira ligação de Patrizia para o serviço de emergência. O procurador Massimo Lia revelou que foram quatro chamadas.
Nestas ligações, a jovem fornece nome e endereço, solicitando ajuda urgente, também pediu que a mãe fosse avisada sobre a situação. O pedido foi encaminhado e classificado como assistência técnica urgente e os bombeiros chegaram ao local logo depois, utilizando veículos próprios. Um helicóptero também foi acionado.
A primeira tentativa de resgate não funciona e os amigos permanecem unidos, em meio a enxurrada. Em um ato de desespero, os três se abraçam, tentando continuar resistindo juntos. Neste momento, segundo o Corriere Della Sera, a correnteza arrasta o cascalho e os jovens escorregam, sendo levados pela água.
Um bombeiro, conforme o jornal, tenta se jogar no rio, sem sucesso. Após 31 minutos da primeira ligação de Patrízia, ou seja, às 14 horas, o helicóptero que havia saído do Aeroporto de Veneza chega ao local, com profissionais e técnicos médicos. No entanto, já era tarde e os três jovens desapareceram em meio a cheia do Natisone.
Investigação e desabafo
Os corpos das meninas foram achados no domingo (2), velados e sepultados. O corpo de Molnar continua desaparecido e não havia sido encontrado até as 11 horas (horário de Brasília) desta terça-feira (4).
Em entrevista ao Corriere della Sera, a mãe de Patrizia desabafou. “O que mais me dói é que todos tiraram fotos e gravaram vídeos e ninguém os salvou. Ninguém”, completa.
A Procuradoria de Udine abriu uma investigação e questiona o fato do pedido de socorro não ter sido transformado em ajuda média. “Estamos fazendo todas as verificações que precisam ser feitas. Tudo será verificado, adquirido e examinado. Tanto o helicóptero utilizado para o resgate, tanto as placas de advertência da proibição de banhos e do perigo de afogamento, como sobretudo o tempo desde o primeiro alarme até à chegada dos socorristas”, completa o procurador Massimo Lia.
Jovens se abraçaram momentos antes de serem arrastados pela correnteza no Norte da Itália.
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— Jornal NH (@jornalnh) June 4, 2024