Isso é a vida real ou é só fantasia? É a realidade. Com o primeiro trecho de uma das músicas mais famosas do Queen, Bohemian Rhapsody, a Nasa mostrou nesta segunda-feira (17) no X, antigo Twitter, novas imagens de amostras do asteroide Bennu, produzidas por Brian May e Claudia Manzoni.
Doutor em astrofísica desde 2007, Brian May também é conhecido por ser guitarrista do Queen, a lendária banda britânica de rock fundada em 1970. Ele atualmente trabalha, junto com a astroestereografa amadora Claudia Manzoni, produzindo imagens estereoscópicas do asteroide, para a missão OSIRIS-REx.
Isto é, ele e sua parceira utilizam a técnica para obter informações do espaço, através da análise de duas imagens obtidas em pontos diferentes, criando uma figura 3D. Isso foi feito para estabelecer locais mais seguros para aproximação.
Veja as imagens publicadas recentemente
Is this the real life? Is this just fantasy? It’s real, alright! Dr. Brian May, Queen guitarist and astrophysicist, is one of several scientists getting a first look at the #OSIRISREx asteroid sample recently delivered to Earth. Check it out. ?? https://t.co/Cv9fYn2cYQ
— NASA (@NASA) October 17, 2023
Especialista em imagens estéreo, May e Manzoni foram convidados pelo professor de Ciência Planetária da Universidade do Arizona e líder da missão, Dante Lauretta, para se juntar ao time.
O astrofísico afirmou que, além da ciência, a arte também é necessária e que é preciso “sentir o terreno para saber se a espaçonave tem probabilidade de cair ou se vai bater nessa ‘rocha da destruição’ que estava bem na beira do eventual local escolhido”. Ele contou sobre seu trabalho com a Nasa em entrevista ao jornal BBC News.
Rumo a descobrir um dos maiores segredos do universo
A OSIRIS-REx é a primeira missão da Nasa que coletou uma amostra de um asteroide e o trouxe até a Terra. O material recolhido é como uma “cápsula do tempo” dos primeiros dias do nosso sistema solar, segundo a agência espacial.
Essas pedras e poeira podem parecer pouco, mas irão ajudar os cientistas a responderem uma das maiores questões sobre as origens da vida no nosso planeta, além de auxiliar no entendimento sobre a natureza dos asteroides.
Lançada em 2016, a nave conseguiu chegar em Bennu em 2018. Entretanto, foi somente em 2020 que as amostras do solo foram coletadas. A sua jornada de volta começou em 2021 e, em setembro de 2023, a cápsula contendo poeira e pedregulhos do asteroide.
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