NA SUÉCIA
Úteros de 33 mulheres são retirados após diagnóstico errado de câncer no mesmo hospital
Casos aconteceram em um mesmo hospital na Suécia, entre 2023 e 2024; hospital se manifestou
Última atualização: 28/10/2024 18:08
Em um mesmo hospital na Suécia, 33 mulheres tiveram o útero retirado sem necessidade, após receberem o diagnóstico errado de câncer. Os casos aconteceram entre 2023 e 2024, na Suécia, conforme o jornal El Tiempo.
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As mulheres que passaram pela histerectomia, no Hospital Universitário de Uppsala, foram erroneamente diagnosticadas com câncer de útero. Elas têm entre 35 e 38 anos.
Na época, todas foram informadas que os resultados dos exames mostravam alterações nas células que indicavam a possibilidade do câncer no útero. Assim, foi recomendado a elas que uma intervenção cirúrgica fosse feita.
Entretanto, somente depois que a cirurgia foi feita é que foi descoberto que os diagnósticos estavam errados.
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A situação começou a ser investigada somente depois de um aumento inexplicável no diagnóstico de câncer de útero. Ao notar a situação, o hospital decidiu abrir uma investigação para entender se o número de casos estava correto.
Tommie Olofsson, chefe do laboratório do hospital universitário, confirmou que as avaliações foram muito rigorosas, conduzindo a um "sobrediagnóstico sistemático".
Após confirmar descobrir e confirmar que havia ocorrido um erro, o centro médico se comprometeu a rever todo o histórico de casos semelhantes. Além disso, eles afirmaram que irão indenizar financeiramente todas as mulheres que foram afetadas.
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Hospital se manifesta
O Hospital Universitário Uppsala divulgou uma nota oficial pedindo desculpas pelo erro médico, na última terça-feira (22).
"Lamentamos profundamente pelo episódio. A retirada do útero é uma cirurgia importante, com consequências importantes e irreversíveis", escreveu o médico chefe do centro, Johan Ludgnegard, conforme o El Tiempo.
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Câncer de útero
O câncer de colo de útero é o quarto tipo mais comum em mulheres no mundo, com mais de 660 mil novos casos e cerca de 350 mil mortes em 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Já no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) explica que esse tipo de câncer é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres e a quarta causa de morte na população feminina no País.
Ele é causado pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível. Na maioria das vezes, não chega a causar a doença. Entretanto, em alguns casos, acontecem alterações celulares que podem evoluirpara o câncer com o passar dos anos, afirma o Inca.
Já o câncer no corpo do útero é mais comum em mulheres que já estão na menopausa, embora possa ocorrer em qualquer idade. Ele tem como principal fator de risco a presenta de níveis altos do estrogênio, um hormônio feminino, no organismo.
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Histerectomia
A histerectomia total consiste na retirada completa do útero, incluindo o corpo e o colo, de acordo com o Ministério da Saúde. Existem ainda outros tipos, como o subtotal ou radical.
O Instituto Vencer o Câncer explica que a histerectomia total é indicada para tratar condições como:
- câncer de útero;
- câncer de colo de útero;
- câncer de ovário;
- miomas;
- endometriose;
- adenomiose;
- sangramentos anormais;
- prolapsos dos órgãos pélvicos.
Apesar de ser recomendada em certos casos para tratar uma doença ou eliminar uma condições que causa prejuízo à qualidade de vida da mulher, é uma cirurgia irreversível e que impacta diretamente a pessoa.
Afinal, a histerectomia elimina qualquer possibilidade de fertilidade, logo que o útero ou outras partes do sistema reprodutor são retiradas, além de envolver aspectos físicos e emocionais da mulher.